A Anatel confirmou que recebeu 18 pedidos de redes privativas 5G na frequência de 3,7 GHz-3,8 GHz. Além de requisições para uso desta faixa, o regulador recebeu 16 pedidos de uso de espectro na faixa de 2,3 GHz, um pedido em 2,4 GHz e dois pedidos em ondas milimétricas.

“Estamos falando de pouco mais de 40 pedidos de redes privativas”, lamentou o superintendente da Anatel Vinícius Caram (à direita, na foto acima), durante sua participação no Fórum de Operadoras Inovadoras , evento organizado por Mobile Time e Teletime em São Paulo nesta quarta-feira, 22.

Caram explicou que o problema não é a falta de espectro, pois o regulador liberou. Para o especialista faltam integradores, aplicações e modelos de negócios viáveis.

“Nós precisamos chegar em uma empresa e explicar passo a passo as vantagens das redes privativas. Não é só colocar a tecnologia. E o integrador, operadora ou parceiro/fornecedor envolvido precisa mostrar os benefícios. Se não tiver essa explicação, as redes privativas não vão avançar”, completou.

Selo

Para incentivar a adoção de redes privativas, a Anatel e a ABDI estudam criar um selo de qualidade e um prêmio para as melhores redes. A ideia é premiar empresas que adotam essas redes e integradores/operadoras que: estimulam o desenvolvimento de soluções tecnológicas; reconhecimento de iniciativas voltadas para ampliação da conexão; e ampliação das informações sobre as soluções disponíveis.

Fórum das Operadoras Inovadoras

Fórum das Operadoras Inovadoras continua nesta quinta-feira, 23, no WTC, em São Paulo. Em seu segundo dia, o evento promovido por Mobile Time e Teletime contará com painéis sobre os desafios comerciais e regulatórios das MVNOs, FWA e integração de ISPs com as redes neutras. Participarão dos debates executivos de Veek, Rico Telecom, Magalu, Qualcomm, Omdia, Huawei, Intelbras, Nokia, American Tower, entre outras empresas.