A plataforma de carros compartilhados MoObie (Android, iOS) agora aceita a inscrição de veículos de microempreendedores individuais e de pequenas empresas para a locação a pessoas físicas. Com isso, o aplicativo, que atualmente conta com 25 mil automóveis cadastrados, passa a ter uma expectativa de que os carros cadastrados por empresas representem entre 15 e 20% o número total até o fim do ano.

A nova modalidade, business to consumer (B2C), amplia o serviço que antes atendia apenas P2P, ou seja, de pessoa para pessoa – e que, hoje, soma 380 mil usuários. É preciso preencher alguns requisitos para que as empresas possam se cadastrar: ser uma micro ou pequena empresa; a pessoa responsável pela inscrição tem que ser sócia e, portanto, responsável pelo veículo; o veículo não pode passar dos 150 mil quilômetros rodados, assim como ter menos de 10 anos. É preciso também ter um seguro vigente (pois a MoObie não faz vistoria no local no momento da locação).

“Este seguro não será acionado, pois temos dois, o Liberty e o SulAmérica, que são completos”, esclarece Tamy Lin, CEO da MoObie.

Vale lembrar que a MoObie não permite a locação para motoristas de aplicativos. “É somente para uso particular”, disse.

Lin também explica que a modalidade de locação B2C só foi possível graças a um acordo feito com as seguradoras. “A gente viu que fazia todo o sentido. Às vezes, recebíamos um pedido em nome de um MEI e tínhamos que rejeitar por causa das seguradoras. Mas conseguimos desenvolver um produto que elas aceitaram.”

A MoObie, que até março atuava em 100 cidades, liberou as inscrições tanto de pessoas como de microempresas para todo o todo o País.

B2B

Para o futuro, o aplicativo de compartilhamento de carros estuda abrir mais uma modalidade, a possibilidade de empresas alugarem veículos de outras empresas. O projeto está em fase piloto e ainda não tem previsão de implementação, mas, em Recife, já foi feita a primeira locação B2B. “Vai depender do mercado e da nossa evolução em parcerias para termos força de vendas, já que essa modalidade implica em ir de porta em porta para vendê-la. Mas fizemos uma pesquisa com 1 mil empresas e 100 responderam que tinham interesse. Vamos aos poucos, mas começamos a ser um marketplace de carsharing”.