Virou hábito nas grandes cidades latino-americanas os motoristas se informarem sobre o trânsito pelo Waze (Android, iOS). Agora, o que poucos notam é que a abrangência está além do aplicativo nos painéis dos carros. O Waze também está no rádio, na TV e na Internet através do programa de parcerias Waze Broadcasters.

Criado em 2014, o programa tinha 15 veículos no começo. Hoje tem mais de 800 parceiros no mundo e 140 na América Latina, incluindo companhias como Rede Globo, Caracol e Televisa. Eles acessam informações do Waze Complete Traffic, uma combinação de dados em tempo real providos pelos motoristas.

“O que a audiência quer é contexto e soluções. Por isso estamos incrementando as notícias de trânsito através das emissoras de TV, rádio e portais na web. Eles são a voz local”, diz Mona Weng, líder global do Waze for Broadcasters. “Focamos nas notícias de trânsito, também ajudamos a tornar as transmissões mais engajadas com a comunidade e atuamos em multiplataforma”, acrescenta.

Weng explica que o intuito do Waze não é substituir o papel de governos ou fazer matérias de trânsito, mas trazer informações que ajudem a população. Como exemplo, lembra do apoio à plataforma durante o terremoto de 7,1 pontos na escala Richter que atingiu a capital mexicana em setembro de 2017.

“Motoristas, mídia e governo ajudaram a encontrar abrigos durante o terremoto. Televisa e outros parceiros entraram para dar as localizações para a comunidade. Ou seja, eram as vozes que levaram a mensagem adiante”, relata a executiva, em conversa com Mobile Time. “Na América Latina, a Cidade do México foi a primeira totalmente conectada. É tudo uma questão de conectarmos os pontos. Nós temos pessoas vivendo em silos que precisam de informações”, descreve.

Weng pretende levar mais dados às empresas de notícias, como nível de CO2 e dados sobre grandes eventos, como ocorreu durante a Greve dos Caminhoneiros no Brasil, em abril deste ano. Mas ela enfatiza que a prioridade é o relacionamento com seu usuário.

“Nós queremos levar mais dados aos nossos parceiros, mas precisamos focar mais no nosso principal canal: os motoristas”, diz. “O que nós podemos fazer é dar o máximo de volume e ferramentas para os nossos usuários, de modo que eles ajudem a levar mais informações e dados para toda a sociedade.”