O brasileiro está se entretendo cada vez mais através do seu smartphone e está pagando por isso. Em apenas sete meses subiu de 24% para 32% a proporção de internautas brasileiros que afirmam assinar algum serviço pago de entretenimento cujo acesso ao conteúdo é feito predominantemente por meio do smartphone, revela a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps no Brasil.

Os líderes continuam sendo Netflix e Spotify, seguidos por Deezer/TIMmusic e Globo Play. 64% dos brasileiros que pagam por algum serviço de entretenimento móvel declaram assinar a Netflix. O Spotify vem em segundo lugar, citado por 19% deles. O ranking completo está disponível no relatório da pesquisa, cujo download é gratuito através do site www.panoramamobiletime.com.br.

Ou seja, basicamente o brasileiro paga para ver filmes/séries e também para ouvir música (sem propaganda). Cabe destacar que a participação do Deezer provavelmente é maior do que a apontada na pesquisa, pois o serviço faz parte de vários planos da TIM, mas os clientes talvez não o vejam como algo “pago”, já que o custo está embutido no pacote.

A assinatura de serviços móveis é mais comum entre pessoas das classes A e B (40%), do que entre aquelas das classes C, D e E (29%). Surpreendentemente, a proporção é maior nas regiões Nordeste (37%) e Norte (36%), e menor na Sul (26%). No Sudestes e no Centro-Oeste fica dentro da média nacional (32%). A alta incidência no Norte e Nordeste talvez seja indício de uma carência de oferta de outros serviços de entretenimento que dependam de rede fixa de telecomunicações, como TV a cabo. A proporção de assinantes pagos é maior entre jovens de 16 a 29 anos (37%) e fica perto da média entre aqueles de 30 a 49 anos (31%). Na faixa com 50 anos ou mais, apenas 18% assinam algum serviço de entretenimento móvel.

Para esta edição da pesquisa foram entrevistados 1.987 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas ao longo de novembro de 2017. A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.