Ganhar dinheiro com apps não é uma tarefa fácil. Ainda mais tendo que concorrer com outros 1,5 milhão de títulos existentes na Google Play e na App Store. Atualmente, apenas 18% dos desenvolvedores móveis do mundo faturam mais de US$ 25 mil por mês com apps. Nesse grupo, 43% prioriza a criação em iOS; 34%, em Android; 11%, em HTML5; e 4%, em Windows. Outros 11% faturam mensalmente entre US$ 5 mil e US$ 25 mil; e 15%, entre US$ 500 e US$ 5 mil. A esmagadora maioria, ou 52% da comunidade mundial de desenvolvedores móveis, tem receita mensal média abaixo de US$ 500. Para ser mais exato, 11% faturam entre US$ 100 e US$ 500 e 42%, menos de US$ 100.

Os dados fazem parte do relatório do primeiro trimestre deste ano da pesquisa "The State of the Developer Nation", realizado pela Vision Mobile a partir de entrevistas com 21 mil desenvolvedores de quatro áreas (mobile, desktop, cloud e IoT). Do total de entrevistados, 42% atuam em mobile. Desse grupo, a divisão por plataforma prioritária para desenvolvimento é a seguinte: 41% prefere criar para Android; 39%, para iOS; 9%, para HTML5; 9%, para Windows; e 2%, para outros. O relatório pode ser encontrado neste link.

A proporção de desenvolvedores com faturamento mensal acima de US$ 25 mil é maior fora do mundo móvel. Entre aqueles que programam para desktop, 25% estão nessa faixa. E entre os que criam aplicações na nuvem, a proporção do grupo mais rico é de 32%. O único segmento com percentual menor que o de mobilidade para o grupo que ganha acima de US$ 25 mil é o de desenvolvedores de aplicações para IoT: 12%.

A pesquisa dividiu a comunidade de desenvolvedores em oito tipos, de acordo com seus objetivos nessa atividade. No caso do segmento de desenvolvedores móveis, as proporções são as seguintes: 15% criam apps por hobby; 28% são "exploradores" (gente criando apps como projeto paralelo pessoal para ganhar experiência para oportunidades futuras); 21%, "caçadores" (desenvolvedores experientes criando negócios com apps por dinheiro); 15%, free lancers (desenvolvedores experientes que fazem apps por encomenda); 7% buscam a "extensão de produtos" (empresas criando apps para promover marcas ou produtos que não são móveis); 4%, são publishers de produtos digitais (empresas que criam apps para monetizar um inventário de conteúdo digital); 3% são "garimpeiros" (start-ups de apps em busca de investidores de venture capital); e 7% são empregados de TI corporativo (CIOs e gerentes de TI de corporações criando apps para aumentar a eficiência de funcionários ou reduzir custos).