A ideia de criação da Collact, empresa especializada em criar programas de fidelidade digital por meio de aplicativos móveis, surgiu quando Leonardo Criscio percebeu que os planos de fidelidade para comerciantes não tinham uma solução tecnológica definida. Após algumas semanas de estudo de mercado, ele e seu sócio Bernardo Brugnara concluíram que um aplicativo para smartphone seria a solução para a necessidade que desejavam suprir. Em parceria e com investimento do Grupo PontoMobi, foi lançado, em novembro de 2012, o Collact. Com ele, os estabelecimentos comerciais podem deixar os velhos cartões de fidelidade para trás, substituindo-os por QR Codes, que são lidos pelo smartphone e armazenados no app baixado gratuitamente pelos clientes, que passam a acumular pontos que podem ser trocados por prêmios ou descontos.

Há cinco meses disponível na App Store, o app teve pouco mais de 3 mil downloads e tem parceria com 100 estabelecimentos comerciais, entre restaurantes, salão de beleza e lojas de roupa, quase todos concentrados na zona sul da cidade de São Paulo. "Hoje, nossa empresa passa por um processo mais científico do que mercadológico", analisa Brugnara, co-fundador do projeto. "Queremos criar uma ferramenta legal para os nossos parceiros", diz. O fato de a maior parte de seus clientes ser formada por pequenas empresas não inibe as atuais negociações com os grandes: "Temos também planos mais audaciosos, para o Brasil todo", afirma. 

Os números de downloads e de estabelecimentos são considerados promissores por Brugnara: "Nosso marketing ainda é local e temos concentrado nossos esforços na zona sul de São Paulo, praticamente batendo de porta em porta. Não temos uma estratégia de marketing robusta", conta. No entanto, os sócios não se deixam inibir e, estimulados pelo Grupo Ponto Mobi, são otimistas, com expectativas de registrarem 50 mil downloads e cadastrarem, ao todo, 500 estabelecimentos até o fim de 2013, como resultado de uma expansão para outras capitais do país, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. "Para isso precisamos de novos recursos para promover a ferramenta remotamente", avalia o sócio. "Mas, no momento, nosso foco ainda é São Paulo", ressalta, com os pés no chão.