Embora muitas das novidades tecnológicas em mobilidade surjam primeiro nos EUA, o país ainda está atrasado em relação a outros, como Brasil e Austrália, quando o assunto é seu parque de terminais de POS, aquelas máquinas leitoras de cartão de crédito presentes nos estabelecimentos comerciais. A maioria está preparada apenas para a leitura da tarja magnética dos cartões. Para se ter uma ideia, apenas 220 mil lojas têm máquinas habilitadas para pagamentos por proximidade, no padrão NFC, enquanto no Brasil há mais de 1 milhão. Mas isso deve mudar rapidamente por causa de dois fatores: 1) a exigência regulatória de adoção de cartões com chip, no padrão EMV; 2) o lançamento do sistema de pagamento móvel Apple Pay, presente nos novos iPhones, que requer NFC.

Para Bruce Dragt, vice-presidente de e-commerce da First Data, empresa de soluções de pagamento que possui uma rede de adquirência própria nos EUA, a maioria dos estabelecimentos comerciais vai aproveitar a migração para EMV para trocar suas máquinas de POS por modelos que aceitem também pagamentos por proximidade. Segundo o executivo, as novas máquinas de POS com EMV da maioria dos fornecedores incluem compatibilidade com NFC sem aumento de preço. "A escolha final é do comerciante, mas nós estamos estimulando para que optem pela versão com NFC. Acreditamos que haverá uma grande implementação dessa tecnologia nos próximos anos, embora ainda vá demorar muito para chegarmos a ter uma base 100% habilitada para NFC", comenta Dragt.

Apple Pay

Além de uma rede própria de adquirência, a First Data provê uma solução para os sistemas de emissores de cartão dialogarem com as plataformas de "tokenização" das bandeiras de cartão, o que é necessário em pagamentos via Apple Pay. E a companhia também criou um SDK para que seus clientes de e-commerce incluam a opção de pagamento com Apple Pay dentro de seus aplicativos móveis em iOS.