A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês) do Reino Unido atualizou suas conclusões provisórias sobre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft e chegou à conclusão provisória de que, em geral, a compra não afetará substancialmente a concorrência no mercado de jogos de console no Reino Unido.

Vale reforçar que o adendo da CMA às suas conclusões provisórias divulgadas nesta sexta-feira, 24, refere-se apenas à concorrência no fornecimento de jogos de consoles e não à concorrência no fornecimento de serviços de jogos em nuvem, onde a autoridade continua analisando o trâmite.

O motivo para a redução do escopo de preocupações da CMA é a nova evidência mais significativa fornecida pela autoridade sobre os incentivos financeiros da Microsoft para tornar os jogos da Activision, incluindo Call of Duty (CoD), exclusivos para seus próprios consoles.

Embora a análise original indicasse que essa estratégia seria lucrativa na maioria dos cenários, novos dados (que fornecem uma melhor visão sobre o comportamento real de compra dos jogadores de CoD) indicam que essa estratégia seria significativamente deficitária em qualquer cenário plausível. Com base nisso, a análise atualizada agora mostra que não seria comercialmente benéfico para a Microsoft tornar o CoD exclusivo para o Xbox após o acordo, mas que a Microsoft ainda terá o incentivo para continuar a disponibilizar o jogo no PlayStation.

“Tendo considerado as evidências adicionais fornecidas, agora concluímos provisoriamente que a fusão não resultará em uma redução substancial da concorrência nos serviços de jogos de console porque o custo para a Microsoft de reter o Call of Duty do PlayStation superaria quaisquer ganhos de tal ação”, informa a CMA em seu comunicado à imprensa.