Ilustração: Cecília Marins/Mobile Time

O Cade aprovou na noite da última quarta-feira, 5, a venda da Activision Blizzard para a Microsoft por US$ 70 bilhões. Com isso, o Brasil fica à frente de Reino Unido, Europa e Estados Unidos, que estão ainda averiguando a possibilidade de a aquisição ser efetuada. Isso porque os reguladores desses mercados querem entender se há risco de perda de competição em segmentos como markeplace de jogos, publicidade e cloud games.

Na visão do Cade, a operação “não seria capaz de promover alterações significativas em suas respectivas estruturas de oferta, em nenhum dos cenários considerados – porque a concentração gerada foi inferior a 20%”. Ao regulador brasileiro, a Microsoft informou que tinha menos de 10% do mercado de faturamento e download no mercado mobile brasileiro e em publicidade em jogos.

Os dados financeiros foram cortados para acesso apenas do Cade e dos requerentes (reprodução: Cade)

O órgão de defesa econômica disse em sua decisão ainda que a Microsoft não teria “incentivos para dificultar o acesso de publishers concorrentes da Activision Blizzard às suas plataformas”, uma vez que isso implica na “redução, em quantidade e variedade, do catálogo de jogos disponíveis no ecossistema Xbox” e perdendo a atratividade junto ao seu consumidor.

Tabela comparativa de jogos rivais aos games da Microsoft-Activison (reprodução: Cade)

Competição

Entre os rivais que colaboraram para consulta estão Nuuvem, Ubisoft, Riot Games e Meta, que demonstraram preocupação com a competição no mercado de distribuição de jogos. Mas o Cade considerou como “inconclusivo” a investigação sobre “dimensão do mercado de distribuição de jogos e suas possíveis segmentações”.

Pelo lado da Microsoft, a empresa lembra que manterá os compromissos atuais com rivais como a Sony. E que para cada jogo mobile há rivais similares de outras empresas.