A desenvolvedora de aplicativos móveis e para web Cheesecake Labs sonha alto: quer impactar 1 bilhão de pessoas com seus produtos e serviços até 2022. O caminho é longo, mas, segundo seu CEO, Marcelo Gracietti, factível. No ano passado, a empresa de Florianópolis cresceu 25% no faturamento, chegando a R$ 10 milhões, e impactou 38,5 milhões de pessoas.

Fundada no fim de 2013 por quatro amigos estudantes de Engenharia de Controle e Automação na UFSC, a Cheesecake Labs acabou focando no mercado externo, mais precisamente no Vale do Silício, onde um deles havia feito estágio e contatos. Em 2016, a empresa expandiu o portfólio e passou a investir mais em projetos no Brasil. No entano, atualmente, a maior parte dos clientes, 57%, ainda está nos Estados Unidos.

Seu CEO acredita num crescimento de, pelo menos, 30% para 2019. Mas isso deve acontecer particularmente em função da reestruturação completa da Cheesecake Labs, implementada ano passado. A mudança inclui as saídas dos quatro sócios-fundadores no comando da empresa, e que fizeram uma transição de seus cargos para formar um comitê e focar na visão estratégica do negócio. No lugar, uma nova diretoria, liderada por Gracietti, assumiu.

Marcelo Gracietti e CEO da Cheesecake Labs

O modelo seguido foi inspirado no Spotify, com divisão de times, dando autonomia e empoderamento aos colaboradores. “Atualmente, contamos com seis times internos e, ao longo de 2019, devemos ter outros dois times. Cada grupo tem entre quatro e 10 pessoas, mas a média é de oito, e cada uma dessas pessoas possui habilidades diferentes”, explica o CEO. Quatro times são focados em projetos e os outros dois dão suporte interno à empresa.

Um desses times internos foi criado em parceria com a Portobello, cujo objetivo é desenvolver e expandir a área digital da empresa de porcelanato e revestimentos cerâmicos. “Nosso grupo vai funcionar como uma extensão do time deles para a área de tecnologia”, explica o CEO da Cheesecake Labs.

Gracietti diz que a empresa deverá aumentar seu corpo de funcionários em 30% a 40% este ano para completar a mudança. A Cheesecake Labs está, inclusive, com sete vagas abertas, em áreas como Desenvolvimento Mobile Android e iOS, Desenvolvimento de Back-End e de Front-End, Gerenciamento de Projetos, entre outras.

Cursos

Até 2022, o CEO quer expandir a área de cursos da Cheesecake Labs e incrementar sua estrutura pedagógica, que já formou 100 alunos de baixa renda em dois anos. Para os próximos três anos, Gracietti deseja que a companhia atenda 200 alunos por semestre. “Nosso objetivo é estruturar uma pedagogia para que outras empresas possam replicar essa ideia e expandir para outras regiões do País”, explica.