A inteligência artificial está na moda graças à sua versão generativa. O hype é tão grande, assim como a pressão para adotá-la, que as empresas aceleram o processo de adoção da tecnologia, geram expectativas altas, mas a realidade é que falta infraestrutura para que se tenha retorno de valor. De acordo com o estudo “IA industrial: a nova fronteira para a produtividade”, encomendado pela IFS e realizado pela Censuswide, 82% dos gestores sêniores reconhecem que existe uma pressão forte para que a empresa adote rapidamente a tecnologia e receiam que o projeto de adoção fique paralisado na fase piloto por falha no planejamento, na implementação e na comunicação. A pesquisa global ouviu 1,7 mil decisores seniores.

84% dos executivos esperam que a IA gere alto valor agregado em três áreas principais: inovação de produtos e serviços, melhor disponibilidade de dados internos e externos e redução de custos e ganhos de margem. Mas a realidade é que muitas dessas organizações não possuem a infraestrutura necessária para que a IA se desenvolva nas empresas. 80% dos entrevistados concordam que a falta de uma abordagem estratégica significa que não possuem competências internas suficientes para adotarem a IA com sucesso. E 43% dos respondentes classificam a qualidade dos recursos de IA em seus negócios, em termos de competências humanas, como aceitável e não aonde deveriam estar.

Mais de um terço (34%) das empresas não migraram para a nuvem. Apesar de não ser uma condição essencial para a adoção da IA, a nuvem é primordial para escalar a inteligência artificial em diferentes áreas do negócio.

Quase metade dos respondentes (48%) estavam propensos a afirmar que buscam propostas e eram muito menos propensos a ter uma estratégia clara e resultados perceptíveis (27%). Um quinto está na etapa de estudos, com testes não controlados acontecendo e 5% não possuem nada referente à IA em andamento.

Apesar dos tropeços, os gestores estão otimistas e acreditam que a inteligência artificial poderá fazer diferença significativa nos seus negócios de um a dois anos (47%) e 24% acreditam que será dentro de um ano.

Menos da metade (43%) dos entrevistados possui dados majoritariamente estruturados, sendo que alguns deles não estão estruturados.

Metodologia

A Censuswide ouviu 1.709 c-level/presidentes/SVP/diretores que trabalham em indústrias como telecom, A&D, construção e engenharia, energia recursos em organizações e manufatura com receita anual de mais de US$ 50 milhões (e com mais de 18 anos) no Reino Unido, EUA, Canadá, Alemanha, França, Emirados Árabes Unidos, Noruega, Japão, Austrália, Suécia, Dinamarca e Finlândia.