Que tal carregar uma estação meteorológica pessoal no bolso e fazer parte de um projeto mundial de coleta de dados sobre o clima? Essa é a proposta por trás do StormTag, um pequeno aparelho, do tamanho de um chaveiro, que traz embutidos sensores de temperatura, pressão, umidade e raios ultravioletas. Ele se comunica via Bluetooth com o smartphone do dono e os dados são compartilhados através da rede do WeatherSignal, um aplicativo para Android que atualmente coleta dados similares de smartphones que possuem sensores parecidos, como o Samsung Galaxy S4. A intenção é dentro de dois anos ter um histórico de dados climáticos suficiente para começar a realizar previsões do tempo hiperlocalizadas e que não requeiram conexão com a Internet.

O StormTag por enquanto é um projeto que busca financiamento coletivo no site Kickstarter. Seu inventor, Jon Atherton, pede US$ 17,5 mil até 25 de julho para que a ideia saia do papel. E já conseguiu: até esta quarta-feira, 25, havia levantado US$ 61,6 mil. O produto começará a ser enviado para os apoiadores a partir de novembro. Haverá duas versões, uma básica, com sensores de temperatura e pressão, vendida por US$ 20, e outra mais completa, por US$ 35, que mede umidade e raios ultravioletas também. Ambas são à prova d'água e sua bateria dura pelo menos um ano. Um pequeno buraco na ponta do StormTag permite que ele seja anexado a chaveiros, por exemplo.

Além de fornecer dados climáticos dos locais por onde passa para uma base mundial de dados sobre o tempo, o usuário poderá acompanhar um histórico pessoal, visível através do app WeatherSignal. Uma vesão para iPhone do app será lançada até novembro.

Análise

Pelo tamanho, design e preço, o StormTag lembra outro produto, o Tile, que funciona como um localizador de objetos perdidos. Projetos como esses só são possíveis graças à miniaturização e barateamento de sensores, junto com o desenvolvimento da tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE), que permite a transmissão contínua de dados via Bluetooth em aparelhos desconectados da rede elétrica por mais de um ano. Contudo, ainda são poucos os smartphones operando com esse novo padrão, que por enquanto se limita aos modelos mais novos e caros.