Um dos bens mais preciosos da humanidade é a água. Isto ficou ainda mais claro diante da atual crise hídrica que assola o País. Assim como acontece com todas as áreas, o tratamento da água deve passar por mudanças tecnológicas, para garantir melhor controle e gestão do recurso. Por essa razão, uma concessionária de saneamento básico do Mato Grosso do Sul, a Águas Guariroba, adotou um aplicativo móvel para verificar monitorar suas estações em tempo real. Trata-se do Elipse Mobile, que funciona integrado ao software de controle das estações de água e esgoto.

Responsável pela região metropolitana da capital Campo Grande, a companhia percebeu uma oportunidade de agilizar a transmissão de informação para técnicos de campo que atuam na manutenção das estações por meio de smartphone ou tablets com os sistemas Android e iOS. De acordo com Karen de Souza Pereira Cortez, analista de sistemas da Águas Guariroba, a utilização do app se deveu à necessidade de informar com mais rapidez seus técnico.

“Essa ideia existe desde quando entrei no CCO (centro de controle) da Águas Guariroba, em 2009. Mesmo antes de explodir a febre dos aplicativos. O intuito era não ter um sistema preso ao computador”, explica a analista. Ela ainda recordou que naquele ano, o sistema Nokia Symbian era o “mais forte”, porém ainda não era muito intuitivo.

A partir de 2011, a companhia começou a estudar a possibilidade de utilizar um app e, em 2014, adquiriu cinco licenças de visualização e uma licença de administrador com a empresa gaúcha Elipse Software. No site da criadora da solução, o valor atual das licenças é R$ 4.790.

O app agrega informações de 30% das tags de controle de água dos distritos de Anhanduí e Rochedinho, em Campo Grande, além de todo o sistema de coleta de tratamento de esgoto da região. Apenas sistema de controle de água possui 1 mil tags, que coletam dados como  o nível dos reservatórios.

Utilização por técnicos de campo

Segundo Karen, entre 15 e 20 pessoas usam o aplicativo que tem o acesso controlado por critérios de segurança da própria empresa. Pelo app não dá para controlar o sistema, apenas visualizá-lo, por medidas de segurança.

“Nós controlamos mais de 300 quilômetros de rede. Há um controlador que acessa o sistema (no CCO), mas também temos o pessoal do campo que precisa da informação em tempo real”, relata Karen. “Antes, o técnico precisava ligar no CCO para saber a informação e como atuar. Hoje, com o app ele consegue ver a informação em segundos”.

Questionada se precisou fazer alguma adaptação ou treinamento à equipe, a analista de sistema afirma que não. Pelo app ser intuitivo, os técnicos adaptaram-se ao seu uso. Inclusive, ela afirma que os técnicos mais antigos foram aqueles que apresentaram mais “fluência” e deram “dicas” de melhoria para a solução móvel.

O Elipse Mobile também permite o uso de QR Codes para acessar páginas com as informações de cada local, ajudando ao técnico no acesso aos dados, e a ligação com placas arduino.