A vida não é fácil para os 1,5 milhão de motociclistas que rodam pelas ruas de São Paulo. Mas um novo aplicativo procura ajudá-los nas suas necessidades do dia a dia. Trata-se do Motop (Android, iOS), criado por uma startup homônima. Ele é gratuito e traz uma série de serviços voltados para os motociclistas.

Um dos serviços é o mapeamento dos chamados “bolsões” de vagas, locais onde as motos podem ser estacionadas sem serem multadas. Encontrar um bolsão é uma das maiores dificuldades dos motociclistas, que acabam perdendo muito tempo no trânsito buscando esses locais. Há cerca de 16 mil vagas em bolsões em São Paulo mapeados pelo Motop. Neste caso, o app funciona como um navegador. O usuário pode informar seu destino e o Motop apresenta os bolsões mais próximos, indicando a rota até eles.

Além disso, o Motop lista estabelecimentos comerciais úteis para os motoristas, como oficinas, revendas de autopeças e borracharias. Os estabelecimentos, por sua vez, podem oferecer cupons de descontos para os usuários do app. Estes precisam apenas apresentá-lo no local para ter acesso ao desconto, que pode chegar a 40%.

Ciro Ralfe, fundador e CEO da Motop

“Desde sempre eu quis ajudar o motociclista de alguma maneira. É um público gigante com um potencial incrível e quase nenhuma empresa de tecnologia olha pra essa galera toda. A ideia do aplicativo surgiu através das minhas experiências como motociclista. Eu tinha muita dificuldade para estacionar nos bolsões. Ia fazer uma reunião e chegava atrasado porque não sabia onde era o bolsão mais próximo, aí tinha que ficar rodando perdendo tempo e combustível procurando bolsão. Aí eu percebi que poderia criar um aplicativo pra ajudar o motociclista a sanar essa dor, essa péssima experiência”, relata Ciro Ralfe, CEO e fundador do Motop.

Dentro de 12 meses, Ralfe espera que o app tenha 150 mil usuários ativos mensais. Neste momento, o foco está na expansão para outras cidades da Grande São Paulo. Mas ao longo do segundo semestre pretende levar o serviço para outras capitais, como Rio de Janeiro e Recife. “Queremos fazer uma expansão com estratégia, focando nas cidades que tem a maior frota de motos primeiro”, explica.