Uma das estratégias para a Internet das Coisas é a adoção de tecnologias de redes sem fio de baixo consumo de energia (LPWAN, na sigla em inglês), que proporcionam menor custo de operação e manutenção. Tanto que a Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc) anunciou nesta segunda-feira, 26, durante o Fórum de Operadoras Alternativas, em São Paulo, a assinatura de acordo com a provedora de conectividade SigFox no Brasil e a WND, para “acelerar projetos para estimular o uso da rede nacional exclusiva para comunicação de dispositivos de IoT”. A parceria permitirá que as empresas associadas à entidade se beneficiem de tratativas para desenvolvimento de tecnologia, bem como de uma rede de comunicação exclusiva para o País.

A ideia é utilizar a rede LPWA, ativada em setembro de 2017 pela WND Brasil, com infraestrutura que, atualmente, está com presença em todas as capitais, além de mais de 70% das cidades com mais de 200 mil habitantes, para alcançar 120 milhões de pessoas. A rede SigFox tem 47 operadoras no mundo, com cerca de 10 mil parceiros e canais. A expectativa é de que chegue ao final de 2018 com 60 países cobertos.

O diretor de tecnologia da Abinc, Luis Viola, destaca que a Anatel está estudando como vai efetuar a homologação de sensores LPWAN. “Temos alguns grupos de trabalho ajudando a Anatel a fazer o texto para consulta pública”, diz. “Estamos formando um novo grupo de trabalho de segurança para microcontroladores. Com isso, esperamos poder ajudar o desenvolvimento de equipamentos, embarcando segurança”, disse. A entidade deverá lançar no começo de abril uma pesquisa para “entender mercado de IoT” com base em aspectos financeiros e de quantidade de dispositivos.