Ilustração: Cecília Marins

A Alphabet registrou uma queda no lucro no segundo trimestre de 2022, de US$ 18,5 bilhões para US$ 16 bilhões. Divulgado nesta terça-feira, 26, o resultado foi impactado por um aumento de 20% nos gastos da controladora do Google, de US$ 42,5 bilhões para US$ 50 bilhões. De acordo com Ruth Poirat, CFO do Google, a alta ocorreu por gastos com datacenters, pesquisa e desenvolvimento, publicidade e promoções, e operação.

Ainda assim, a companhia registrou alta de 1% no lucro operacional com US$ 19,5 bilhões, ante US$ 19,3 bilhões do segundo trimestre de 2022. Por sua vez, a receita cresceu 13% com US$ 70 bilhões contra US$ 62 bilhões na comparação ano a ano.

Negócios

A área que mais fatura na companhia é a Google Services, que contempla os serviços de publicidade, Android, Chrome, hardware, Google Maps, Google Play, Search, YouTube, além dos serviços pagos como YouTube TV e YouTube Premium. A sua receita foi de US$ 63 bilhões, incremento de 10,5% contra US$ 57 bilhões de um ano antes, puxada pelo negócio de publicidade no motor de busca em varejo e viagens, como ressaltou Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, em conversa com analistas de mercado nesta terça-feira. O seu lucro operacional foi de US$ 22,7 bilhões, aumento de 2% comparado a US$ 22,3 bilhões do período anterior.

Por sua vez, a divisão Google Cloud, que inclui os serviços de infraestrutura e plataforma de serviços em nuvem, registrou crescimento de 33%, com receita de US$ 6 bilhões no segundo trimestre de 2002, contra US$ 4,5 bilhões de um ano antes. Pichai ressaltou que esta “foi a primeira vez que a unidade de negócios passou dos US$ 6 bilhões” de faturamento em um trimestre. Contudo, o prejuízo operacional da divisão cresceu de US$ 590 milhões para US$ 858 milhões.

Em “Outras Apostas”, área da Alphabet que inclui frentes de carros autônomos e saúde, por exemplo, houve um pequeno aumento de 0,5%, passando de US$ 192 milhões para US$ 193 milhões. Mas o seu prejuízo operacional segue forte, com alta de US$ 1,4 bilhão para US$ 1,7 bilhão. Vale lembrar, a companhia tem essa divisão como aposta de longo prazo com robusto investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Região

Por região, aquela chamada de “Outras Américas” (que inclui Brasil, por exemplo) foi a área geográfica que mais registrou aumento (+29%), passando de US$ 3 bilhões para US$ 4,3 bilhões. Mas os Estados Unidos respondem pela maior parcela do faturamento, US$ 33 bilhões, com alta de 16% contra US$ 28 bilhões na comparação ano a ano. A combinação de África, Europa e Oriente Médio teve alta de 8%, de US$ 19 bilhões para US$ 20,5 bilhões. A região de Ásia-Pacífico passou de US$ 11,2 bilhões para US$ 11,7 bilhões, alta de 4%.