O Uruguai começou a experimentar uma solução de pagamento por QR code desenvolvida pela brasileira HST e adotado pela Visanet, uma das maiores redes de adquirência daquele país. Em fase de testes com cerca de 50 lojistas, a solução, na prática, substitui a máquina de POS pelo smartphone do comerciante, que emite um QR code para ser escaneado pelo aparelho do consumidor. A HST espera que até o final do ano outros dois países da América Latina onde a empresa atua adotem esse meio de pagamento.

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Eduardo Cunha, CEO da HST, quer levar a solução para outros dois países da América Latina ainda este ano

Para pagar com QR code, o consumidor uruguaio precisa ter o aplicativo Bigo instalado em seu smartphone. Trata-se de um app de carteira digital criado pela HST originalmente para pagamento por NFC com cartões de nove emissores diferentes. Agora, foi adicionada a opção de pagamento por QR code, que inicialmente funciona com cartões de crédito e de débito de três emissores que atuam no Uruguai: Scotiabank, Itaú e Santander. O Bigo tem aproximadamente 10 mil usuários no Uruguai.

“Somente entre 25% e 30% dos aparelhos Android suportam NFC. Com o scan to pay, permitimos que os demais usuários participem do sistema de pagamento. E é também possível usar nos telefones Apple”, justifica Eduardo Cunha, CEO da HST, em conversa com Mobile Time.

A solução da HST utiliza um padrão de segurança da indústria de cartões chamado Secure Remote Commerce (SRC), o que facilita a interoperabilidade com outras redes de adquirência, bandeiras e lojistas, explica Cunha.

A HST é uma software house cujo centro de desenvolvimento fica no Brasil. A empresa fornece diversas soluções, como sistemas de emissão de cartões e sistemas de tokenização. Além do Brasil e do Uruguai, está presente no Paraguai, Chile, Peru, México, Costa Rica, Guatemala, El Salvador, Nicarágua e República Dominicana.