O CEO e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, concordou em testemunhar perante ao Congresso dos Estados Unidos sobre o caso da Cambridge Analytica. Fontes próximas ao Comitê de Energia e Comércio Domésticos dos Estados Unidos e ao Facebook, confirmaram, à CNN e Bloomberg, o encontro do executivo de 33 anos de idade com os congressistas do comitê nas próximas semanas.

A confirmação da ida de Zuckerberg ao comitê norte-americano surge após uma enxurrada de críticas durante uma semana sobre o comportamento da companhia, cujo aplicativo “thisisyourdigitallife” teria coletado dados pessoais de mais de 50 milhões de pessoas via uma de suas APIs. Os resultados desta verdadeira devassa de informações feita pela companhia britânica, teria supostamente ajudado Donald Trump a ganhar a eleição presidencial nos Estados Unidos contra Hillary Clinton. As críticas ao Facebook e a seu CEO vieram de legisladores, sociedade civil e internautas dos EUA e Reino Unido.

Nota-se que Zuckerberg aceitou o convite do comitê norte-americano, mas negou-se a participar de reunião similar com membros do Parlamento britânico. Um dos motivos seria o fato de Zuckerberg poder invocar a quinta emenda da Constituição dos EUA, e se negar a responder perguntas de caracter estratégico do Facebook. No entanto, à CNN, a pessoa próxima ao CEO do Facebook disse que a ideia de Zuckerberg é colocar pressão para os outros CEOs das grandes empresas de mídias sociais também testemunharem.

O presidente de outro comitê, senador Chuck Grassley da Comissão do Judiciário no Senado dos EUA, convidou Zuckerberg, Sundai Pichai, CEO do Google, e Jack Dorsey, CEO do Twitter, para uma conversa sobre privacidade de dados no dia 10 de abril. Até agora, os outros executivos não responderam o pedido ou se posicionaram para ir Congresso norte-americano.