A Smart, empresa de design, produção e comercialização de semicondutores, inaugurou sua fábrica de baterias lítio para smartphones nesta terça-feira, 27. A operação da companhia norte-americana no Brasil fica em Atibaia, cidade a 95 km de São Paulo, e se junta às produções de encapsulamento de memórias para dispositivos mobile, além de confecção de memórias e módulos para PCs.

De acordo com Rogério Nunes, diretor presidente da Smart, a fábrica terá capacidade para produzir até 6 milhões de baterias de íons de polímero de lítio a partir de abril de 2019. Com essa quantidade, a expectativa é abocanhar 20% do mercado. Questionado se a fábrica ajudará a reduzir o preço na produção nacional de smartphones, Nunes acredita que sim.

“Montar uma operação de produção de baterias no Brasil ajudará bastante aos fabricantes de handsets. Ela reduz principalmente o preço de logística”, disse o executivo, que preferiu não fazer uma estimativa desta redução. “Como vocês sabem, esse tipo de insumo até então era produzido fora do Brasil, principalmente na Ásia. E a bateria ser fabricada do outro lado do mundo custa muito para as OEMs”.

Embora tenha sido apresentada nesta terça para a imprensa especializada, a fabricação de baterias lítio da Smart está em andamento desde agosto deste ano. Inicialmente, seus pedidos atendem apenas o mercado local. Atualmente, a Samsung é sua única cliente com pedidos para a linha J, mas não há exclusividade. Portanto, o presidente da companhia espera atrair mais clientes.

A manufatura dos insumos fica em uma área de 2,5 mil metros quadrados dentro de um parque industrial para a empresa em Atibaia que possui mais de 15 mil metros quadrados. Para efeito de comparação, apenas a área de produção da bateria é cinco vezes maior que a primeira operação fabril da Smart, que, em 2002, era de 500 metros quadrados.

Esta nova unidade fabril faz parte do plano de expansão da empresa no Brasil, que terá um investimento total de R$ 700 milhões até 2021. A fábrica de bateria teve apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimento do governo paulista, que deu suporte tributário.