Foto do executivo da Cargo X

Federico Vega, CEO da Cargo X

A Black Friday 2020 trouxe um crescimento forte para o segmento de fretes e logísticas no Brasil, um movimento puxado pelo avanço do comércio eletrônico na pandemia do novo coronavírus. A Cargo X registrou um aumento de 294% no número de fretes e incremento de 440% no último mês de outubro, se comparado com o mesmo período em 2019. Os dados financeiros não puderam ser informados.  Essa percepção foi compartilhada por Federico Vega, CEO da Cargo X (Android), que conversou com Mobile Time.

“A Black Friday está potencializando o que está acontecendo nos comércios eletrônicos. Para nós (mercado de frete), a data começa em outubro com o estoque de mercadorias. E quando comparada com o ano anterior, nós percebemos mercadorias que começam a crescer em vendas online, como móveis, que cresce 227%. Depois, quando olhamos para eletroeletrônicos, vimos um de 1.900% nos fretes. E a venda de livros aumentou 400%”, explicou o executivo.

O efeito do transporte em novembro pôde ser observado nesta sexta-feira, 27, a data oficial da Black Friday. De acordo com análise prévia da Ebit|Nielsen, o comércio eletrônico teve uma alta de 26,3% com R$ 923 milhões de receita, se comparada com a sexta da Black Friday de 2019. Em pedidos, o aumento foi de 15%, com 1,6 milhão de encomendas, e o valor médio subiu 10% e chegou a R$ 576.

“Hoje a Black Friday é um evento de Internet. Ano passado não era, era muito nos shoppings e nas lojas”, disse Vega. “A Covid-19 acelerou a adoção digital em 2020. O lojista do offline não venderá na Black Friday, o (comércio) online vai assimilar o público do comércio de rua e dos shoppings”, completou.

O CEO da Cargo X acredita que este cenário de migração do consumo offline para o digital deve seguir em 2021. Com isso, Vega disse que o próximo ano “será ruim para o offline e bom para o online”: “As métricas da Cargo X indicam que os clientes do offline transportam menos carga. Isso permite que falemos com certo grau de confiança”, concluiu.