É preciso uma certa paciência para pesquisar os preços dos medicamentos nas farmácias. Os valores podem variar muito, ainda mais entre o genérico e o medicamento de marca. Andreia Bernardes passou por maus momentos enquanto morava com o avô. Ela pesquisava os preços dos medicamentos pelas farmácias mais próximas de seu bairro. “Entrava em contato com algumas das grandes redes que havia perto e com uma pequena próxima de onde morávamos Mas não conseguia com as outras redes, mais distantes. Por isso, precisava procurar na Internet e perdia muito tempo. Além do mais, pensava que poderia não estar pesquisando nos melhores lugares”, explicou. Em um segundo momento, quando o filho precisou tomar uma vacina aos seis meses e ela não conseguia encontrar, Andreia, que é formada em fisioterapia, teve a ideia do aplicativo Figgy (Android, iOS), app que faz busca de preços nas drogarias próximas à localização do usuário, e tornou-se a diretora de relacionamento com o cliente da startup.

O aplicativo atua em Belo Horizonte e acaba de expandir para Betim e Contagem. Ao abrir o Figgy, o usuário busca pelo nome do medicamento e o app apresenta as 10 drogarias cadastradas na ferramenta que estão mais próximas da sua localização e informa os preços. Caso o usuário queira comprar o remédio, o app direciona o pedido para o WhatsApp. A diretora comercial faz a ponte entre cliente e farmácia e o resto fica por conta do estabelecimento.

De acordo com Bernardes, os produtos devem chegar ao cliente em até uma hora, mas a média de tempo é de 30 minutos: “Esse é o nosso diferencial. Se você pede pela Internet remédios, eles podem levar dias para chegar. Com a gente, isso não acontece.”

Modelo de Negócios

A diretora comercial Andreia Bernardes e o diretor operacional Newton Soares

No momento, as drogarias pagam uma mensalidade para estarem no app. No entanto, dentro de três ou quatro meses, o Figgy apresentará um marketplace para que as farmácias possam realizar vendas in-app. Neste caso, o modelo de negócios da startup será modificado para o recebimento de uma porcentagem sobre as vendas feitas no aplicativo.

Futuro

O Figgy foi pensado em 2016, lançado em abril de 2018 e, atualmente, conta com 4 mil downloads. São 750 usuários mensais ativos que realizam 650 pesquisas por mês. Em 2020 a startup deverá expandir para outras cidades grandes de Minas, como Juiz de Fora, Uberlândia e Governador Valadares. Mas não há previsão de partir para outros estados do País. “Somos mineiros cautelosos”, brinca a diretora comercial. “Vamos aos poucos alcançando mercados mais seguros”, resume.