O Spotify (AndroidiOS) firmou um acordo com o Universal Music Group de expansão do relacionamento estratégico entre as duas empresas que envolve veiculação de vídeos e prévias de música. Na prática, os artistas da gravadora poderão se beneficiar de novas funcionalidades e formas de promoção dentro do streaming.

Uma dessas novas formas é o compartilhamento de prévias (teasers, no original em inglês) de músicas no Spotify, algo que permitirá o aumento do envolvimento de fãs com os artistas da Universal e a atividade de pré-visualizar uma obra antes de seu lançamento oficial.

Paralelamente, o Spotify poderá veicular vídeos de artistas da gravadora nos Estados Unidos, assim como explorar novas funcionalidades que ajudem aos ouvintes a descobrirem novas músicas no futuro.

Disputa

A notícia surge em um momento de tensão entre Universal e TikTok que eclodiu em janeiro deste ano. A gravadora acusou a plataforma de vídeo de fazer uma proposta pífia para o pagamento de artistas em uma carta pública. Disse ainda que menos de 1% de sua receita atualmente vem da parceria.

Para o site Seeking Alpha, o TikTok afirmou que a narrativa e a retórica da Universal são falsas e que a Universal escolheu sair da mesa de negociação com uma plataforma que tem bilhões de usuários e que outras gravadoras firmaram acordos que priorizam seus artistas.

Finanças

Com artistas de grande sucesso como Taylor Swift (a mais reproduzida no ano), Drake, The Weeknd e Lana Del Rey, a Universal fechou 2023 com uma receita de 11 bilhões de euros, alta de 12% contra 10 bilhões de euros obtidos em 2022. A companhia passa atualmente por um processo de reestruturação com redução de custos e de pessoal que deve durar até 2026.

Para efeito de comparação, o Spotify divulgou na última semana que pagou aos US$ 9 bilhões em royalties aos artistas no ano passado, sendo que US$ 4 bilhões desse montante foram endereçados para empresas que representam os artistas, como a Universal.

Vale lembrar que os dados de pagamentos de royalties do TikTok não são públicos, pois a sua controladora, ByteDance, não é uma empresa de capital aberto.

Imagem principal: Arte criada pelo artista Nik Neves para Mobile Time