O Banco Central (BC) decidiu que ficará responsável pelo desenvolvimento, pela gestão e pela operação da base nacional de chaves de endereçamento que serão usadas para a realização de pagamentos instantâneos. As chaves de endereçamento são dados que identificam cada usuário e que serão associados à sua conta bancária para o recebimento de pagamentos instantâneos, como CPF, número de telefone celular ou endereço de email, por exemplo.

A decisão faz parte do projeto de construção de uma plataforma nacional de pagamentos instantâneos, cujo processo de liquidação também ficará a cargo do BC. A ideia é que todos o bancos sejam obrigados a se conectar a essa plataforma, viabilizando a realização de transferências interbancárias de forma instantânea (em questão de segundos), a qualquer hora ou dia da semana, e de forma intuitiva pelo pagador, sem que seja necessário saber código do banco, agência ou conta do recebedor – daí a importância de haver uma base central de chaves de endereçamento.

Antes da definição de o que o BC cuidaria da base de chaves de endereçamento, chegaram a ser cogitadas alternativas como o uso de blockchain, em uma solução descentralizada.

No comunicado 34.085, o BC justifica sua decisão apontando como argumentos os ganhos de escala e a garantia da neutralidade estrutural do ecossistema em relação a seus operadores.

Mobishop 2019

O chefe adjunto do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do BC, Carlos Brandt, e o assessor sênior do departamento de operações bancárias e de sistema de pagamentos do BC, Breno Lobo, farão uma apresentação sobre o andamento do projeto da plataforma nacional de pagamentos instantâneos durante o seminário Mobishop, no dia 8 de outubro, no WTC, em São Paulo.

Também estão confirmados em outros painéis do mesmo evento executivos de empresas como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco Original, Banco Inter, Mastercard, Mercado Pago, Rappi, Magazine Luiza, dentre outros. A programação completa está disponível em www.mobishop.com.br.