O jornal "O Globo" lança a partir desta segunda-feira, 30, o "Globo a mais", uma edição vespertina distribuída de segunda a sexta, às 18h, para leitura em iPads. Acessível através do novo aplicativo do jornal para o tablet da Apple, o "O Globo a mais" trará um resumo das notícias do dia, textos exclusivos de alguns dos principais colunistas e articulistas do diário, como Miriam Leitão, Ancelmo Góis, Merval Pereira, Joaquim Ferreira dos Santos, Flavia Oliveira, Patrícia Kogut, Renato Maurício Prado, Fernando Calazans e Artur Xexéo, além de conteúdo multimídia e uma galeria de arte com trabalhos inéditos feitos por seus ilustradores.

Nos primeiros trinta dias, o acesso ao vespertino será gratuito. Depois desse prazo,  "O Globo a mais" poderá ser lido apenas pelos assinantes digitais. Não haverá acréscimo aos preços atuais, que são os seguintes: R$ 29,90/mês pela assinatura exclusivamente digital; R$ 10/mês para quem já for assinante da versão impressa; e R$ 1,99 para compra avulsa por dia. A assinatura digital dá acesso à leitura em iPad do jornal matutino e, agora, também do vespertino.

Análise

A iniciativa do Globo de lançar uma segunda edição diária vespertina e exclusiva para tablets é inédita no jornalismo brasileiro. A inclusão de conteúdo multimídia e exclusivo é, sem dúvida, acertada, pois valoriza a assinatura digital do produto. Até então, os assinantes digitais do jornal tinham acesso simplesmente a uma versão praticamente idêntica àquela de papel, só que na tela do iPad. De diferente, apenas alguns anunciantes com propagandas multimídia feitas sob medida para o produto. Enquanto isso, outros veículos de mídia impressa brasileiros vêm lançando versões para tablets com conteúdo multimídia, especialmente as revistas semanais, como a Veja.

A dúvida, porém, permanece sobre o horário da distribuição, ao fim da tarde. O Globo informa que a decisão foi tomada a partir de pesquisa que apontou o desejo dos leitores por um vespertino. O hábito de ler jornais vespertinos no Rio de Janeiro foi extinto há algumas décadas. A última tentativa de ressuscitar esse costume entre os cariocas aconteceu em 2005, com o jornal "Q!", do grupo "O Dia", e durou apenas poucos meses.