Historicamente, processos e estratégias relacionadas a testes de software foram pensados para atender mais diretamente às necessidades da comunidade de desenvolvedores. A ideia central na maioria das abordagens, como a XPT por exemplo, é que os testes realizados durante o processo de desenvolvimento devem ser tão eficazes que as falhas não chegariam aos usuários. Um objetivo desafiador e utópico devido à quantidade de variáveis incorporadas com a popularização do acesso móvel.

Baseadas nessas premissas, as estratégias de testes em larga escala adotadas muitas vezes consideram que a maior parte da responsabilidade de desenvolvimento de software é dos profissionais de TI. No entanto, devido ao crescimento da quantidade de aparelhos e tamanhos de tela existentes nos últimos anos, profissionais de UX e Front-End naturalmente tiveram sua relevância e responsabilidades muito ampliadas e, por isso, precisam ser envolvidos na validação de aplicações móveis também. Assim, planejar uma interface e construí-la seguindo as diretrizes do design responsivo requer validação em diferentes aparelhos.

A automação de testes mobile com ferramentas que permitam profissionais de UX e Front-End se envolverem mais efetivamente no processo de validação é uma solução importantíssima para melhoria da experiência mobile. Além disso, traz uma redução de custos evidente, devido à diminuição do tempo que estes profissionais utilizariam para avaliar manualmente as interfaces em uma grande variedade de dispositivos e também em relação à diminuição de retrabalho para consertar as falhas depois da aplicação estar pronta e disponível para os usuários.

Esta abordagem traz mais segurança a todos e garante que a aplicação se comportará adequadamente em diferentes aparelhos. Ainda assim, quando ocorre um problema, a estratégia de testes possibilita a identificação precoce, pois o processo de análise de falhas passa a incorporar elementos que consideram a satisfação do usuário como premissa, possibilitando um entendimento mais amplo do que é erro ou não.

Neste novo contexto, a escolha de ferramentas de automação de testes que permitam profissionais que não são programadores criarem seus roteiros de testes de acordo com suas necessidades e pontos de vista profissionais faz todo sentido e traz um grande diferencial competitivo para as empresas.

Acreditamos que a solução de testes ideal seja composta de uma estrutura híbrida e complementar, com o resultado dos trabalhos de testes sendo compartilhado entre diferentes perfis de profissionais. E, em última análise, é esta complementariedade de perfis durante todas as etapas de projeto e manutenção, que garantirá a excelência da aplicação.