Entre janeiro e março deste ano, foram vendidas 1,21 milhão de unidades de dispositivos vestíveis no Brasil, um volume 8,7% menor do que no primeiro trimestre do ano passado. Os dados levam em conta sete categorias de produtos: fitband (em português, pulseiras inteligentes), advanced smartwatch, basic smartwatch, truly wireless (TWS), earwear/over ear, fones de ouvido tethered e earwear/others, de acordo com os dados divulgados, nesta última quarta-feira, 28, pelo estudo IDC Tracker Brazil Wearables Q12023, realizado pela IDC Brasil.

De todos os tipos de produtos analisados pela IDC, somente os fones de ouvido truly wireless apresentaram alta no período, com crescimento de 45,3% em unidades vendidas, chegando a 303,19 mil. Nas demais categorias, foram comercializadas 77,99 mil unidades de fitbands (-44,5%), 91 mil de advanced smartwatches (-44,9%), 78,79 mil de basic smartwatches (-25,1%), 183,47 mil de earwears/over ear (-11,08%), 325,1 mil de fones de ouvido tethered (-4,9%) e 150,76 mil de earwears/ others (-4,8%).

No mercado cinza – ou paralelo–, foram vendidas 362,64 mil unidades, uma redução total de 36,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2022. Desse resultado, 5,3 mil unidades eram de advanced smartwatches, 11,6 mil de basic smartwatches, 40,51 mil de truly wireless, 55,92 mil de earwear/over ears, 120,88 mil de fones de ouvido tethered, 77,97 mil de earwears/ others e 50,45 mil de fitbands.

Em termos de receita, no primeiro trimestre de 2023, os wearables (cinza e oficial juntos) movimentaram R$ 991,2 milhões, 19,7% menos do que no mesmo período de 2022. No recorte por categorias, o resultado ficou dividido em R$ 356,27 milhões para advanced smartwatches (-34,2%), R$ 96,6 milhões para basic smartwatches (-30,4%), R$ 22,95 milhões para fitbands (-50%), R$ 90,21 milhões para earwear/ over ears (-24,6), R$ 89,81 milhões para fones de ouvido tethered (-11,3%), R$ 263,78 milhões para truly wireless (+29%) e R$ 71,6 milhões para earwears/others (-13,3%).

Expectativas

Apesar dos resultados desfavoráveis do primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, a IDC explica que os números demonstram o início de um processo de retomada de crescimento, já que existe uma evolução de 11,1% frente ao trimestre anterior. Com isso, a expectativa é de que o setor encerre o ano de 2023 com crescimento na maioria de suas categorias. Entre outros motivos que indicam um otimismo no setor, a IDC Brasil destaca um maior conhecimento dos fabricantes em relação aos desejos dos consumidores e as mudanças na precificação.

Fechamento anual de 2022

Em 2022, o mercado brasileiro de wearables caiu 19,5% na comparação com 2021. Dos 5,11 milhões de dispositivos vestíveis vendidos ao longo do ano passado, 467,17 mil foram fitbands (-43,9% em relação a 2021), 904,55 mil foram fones de ouvido truly wireless com alguma conexão com a Internet ou função inteligente (-26,9%), 807,39 mil foram over ears (-4%), 1,30 milhão foram fones tethered (-10%), 596,24 mil foram outros tipos de earwear (-9%) e 363,57 mil foram basic smartwatches (-55%). A única exceção do período foi a categoria advanced smartwatches, que vendeu 664,70 mil unidades e teve alta de 25,2% no comparativo. Somando todas as categorias, a receita anual de 2022 foi de R$ 4,8 bilhões, resultado 5,1% menor do que em 2021.