A Doity (Android, iOS), uma startup e plataforma de eventos self-service, tem como objetivo aumentar sua participação no Brasil até o final do ano, após o lançamento de sua operação mobile em julho. Mesmo com algumas atividades nos Chile, Paraguai, Espanha e Portugal, a prioridade da companhia alagoana é ter mais atuações no território nacional.

“A nossa estratégia hoje está concentrada em ganhar mais espaço no resto do Brasil. Este serviço (mobile) estava no roadmap de produto estratégico para o nosso crescimento. Estamos bem focados em lançar plataformas para vender mais”, explicou o sócio-fundador Geraldo Neves. “Estamos em Maceió e em São Paulo. Queremos ampliar em São Paulo, no Sul e no Sudeste do País, um mercado que tem mais de 50% dos eventos do Brasil”.

A empresa existe desde 2013 e realizou mais de 60 mil eventos cadastrados por mais de 30 mil organizadores, o que trouxe mais de 4 milhões de inscrições. De acordo com Uziel Barbosa, sócio-fundador da Doity, apenas a operação mobile teve aproximadamente 45 eventos no primeiro trimestre de atividade.

O público-alvo da empresa são eventos para profissionais acadêmicos e B2B promovidos por empresas e entidades de classe. Contudo, os fundadores afirmam que tem uma parcela crescente em B2C. Entre organizações que fizeram eventos com a Doity estão Grupo Administrar, Delta Científica, ACE, Publicitário, Startupi e BMG Uptech.

Como usar

A plataforma funciona no modelo ‘faça você mesmo’, inclusive o seu nome vem do inglês ‘do it yourself’. Um organizador de evento consegue ele mesmo criar uma conta, cadastrar o evento com nome, data e valores, e ter acesso a ferramentas de controle financeiro, gerar certificados e relatórios. A solução possui ainda automação de marketing, integração com serviço de emissão de notas e com apps de fora.

Mas uma das principais frentes da companhia no mobile é a opção de criação de aplicativos white label para eventos. O organizador consegue montar o app no modelo self-service, inclusive escolhendo entre app para iOS, Android e PWA.

Modelo de negócios

Barbosa explicou que a Doity tem duas formas de monetização: a cobrança de 10% da receita total de vendas de um evento ou a receita com aplicativos white label: “Hoje o pessoal usa a versão mais PWA. Dependendo do faturamento, ele não paga o PWA. Acima de R$ 30 mil de vendas, não cobro nada. Mas cobro R$ 1,5 mil na versão loja, R$ 3 mil se não atingir a meta de R$ 30 mil. Geralmente, o aplicativo dos nossos competidores custa de R$ 5 mil a R$ 8 mil”.

Neste cenário, o empreendedor revelou ao Mobile Time que a maior parte da receita provém de inscrições. Em sua visão, o app entra como “um diferencial” para atrair mais eventos à sua plataforma. Barbosa acredita que o app traz funções como organizar horários e acompanhar a agenda, além de reduzir custo e melhorar experiência.

Geraldo Neves e Uziel Barbosa, fundadores da Doity