Veículo NIO ES8 em teste com a categoria mais robusta (nível 4) de direção autônoma da Mobileye neste mês de setembro em Detroit, EUA (crédito: divulgação/Mobileye)

A Mobileye apresentou na noite desta sexta-feira, 30, a sua oferta inicial pública (IPO) junto à Securities Exchange Commission dos Estados Unidos (SEC), órgão similar à brasileira CVM. A empresa de direção autônoma e de assistência da Intel busca um valor de mercado entre US$ 30 bilhões e 50 bilhões em seu spin-off.

Na IPO feita na Nasdaq, a empresa receberá a sigla “MBLY”. Essa separação do Mobileye foi prometida pela Intel ainda em 2021.

Fundada em 1999, a fabricante de chips comprou a empresa israelense por US$ 15 bilhões em 2017. Vale dizer que a Intel seguirá como controladora da Mobileye.

Operacional

Atualmente, a empresa tem mais de 800 modelos de veículos com sua tecnologia de direção autônoma, o chip EyeQ, mais de 50 fabricantes com a solução, 117 milhões de processadores enviados ao mercado, 200 PB de dados de navegação e 8,6 bilhões de milhas de dados coletados.

Apenas no primeiro semestre deste ano, 16 milhões de SoCs foram enviados. Até 2030, o CEO e fundador da Mobileye, Ammon Shashua, espera ter 266 milhões de veículos com seu chipset.

Além do EyeQ, a empresa tem um sistema de mapa preciso (REM), um sistema de redundância com câmeras e LiDar chamado True Redudancy, uma série de radares por imagem, e o framework de responsabilidade (RSS) que traz padrões para a indústria de carros autônomos.

Financeiro

No primeiro semestre de 2022, a sua receita era de US$ 854 milhões, alta de 21% ano contra ano. Mas registrou um prejuízo de US$ 67 milhões no mesmo período.

O mercado endereçável (TAM) que a companhia quer atuar vale hoje US$ 16 bilhões, US$ 40 bilhões no médio prazo (2026) e US$ 480 bilhões no longo prazo (2030). Isso inclui um ecossistema de direção autônoma e assistencial.