A Sony apresentou o novo smartphone Xperia M5 para o mercado brasileiro nesta segunda-feira, 30, um ‘meio termo’ entre os handsets Z5 e a última geração do M4 Aqua. Precificado a R$ 2.599, a Sony destina este celular inicialmente para os mercados da Ásia e da América Latina.

Mesmo com o preço um pouco “salgado”, a companhia japonesa acredita que sua estratégia em entregar um aparelho mais próximo da faixa premium interessar ao consumidor. Ele visualiza que o seu produto pode disputar outros na mesma faixa de preço, porém mais antigos, como Moto X Style.

“O Xperia M5 vem muito para competir com a erosão do final do ano passado para esse ano. O Samsung Galaxy A5 não é um competidor dele. Ele é concorrente do Moto X Style”, explica Joe Takata, gerente de produtos da Sony Mobile no Brasil. “Por exemplo, o M4 continua no nosso mercado. O M5 não é uma evolução do M4, pois ele não daria um salto tão grande evolutivamente na câmera, processador e memória”.

Com versões de Single e Dual SIM (dois chips de operadora), o Xperia M5 possui tela de 5 polegadas, 3 GB de RAM, 16 GB de espaço (expansível para 200 GB com MicroSD), bateria de 2.600 mAh, 21.2 megapixels de câmera traseira e 13 MP na frontal e Android Lollipop (5.0).

Destaca-se no celular o processador da MediaTek, Helio X10. Questionado pelo MOBILE TIME sobre a mudança do tradicional chipset Qualcomm para o rival em um smartphone premium – a Sony trabalha com a MediaTek em linhas inferiores –, Takata explicou que o processador da empresa taiwanesa “não é premium como o Snapdragon 810, mas empata com o Snapdragon 808” e que isso mostra uma melhora da companhia.

O Xperia M5 chega ao mercado nas cores preto ou branco. O modelo Single SIM será vendido apenas na operadora Claro, e o smartphone com entrada Dual tem antena de TV Digital (exclusiva para o Brasil) e está disponível nas principais lojas do varejo online e offline.

Mercado

Durante o lançamento do handset, o gerente da Sony ainda abordou outros temas, como a variação cambial e o fim da Lei do Bem, medida provisória que isenta smartphones até R$ 1,5 mil das taxas PIS e Cofins na hora da compra.

Em sua visão, a Lei do Bem não afetará tanto a empresa, pois seus smartphones são vendidos a partir de R$ 1.399. Quando perguntado sobre uma possível estratégia das fabricantes em tirar os roteadores e outros produtos de informática menos consumidos da MP, Takata mostrou-se receoso.

“Você precisa pensar no impacto que isso pode ter. Sim, o celular é o principal dispositivo de entrada para acesso à internet do brasileiro hoje. Mas é preciso pensar que a pessoa tem o celular, mas ela usa os dados apenas quando está conectada ao Wi-Fi”, afirma o executivo.

Sobre o aumento do dólar, Joe Takata afirma que não apenas o dólar está impactando suas operações, mas outros fatores que vêm pesando sobre a economia, como o atual estado político do País.