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Mark Zuckerberg durante videoconferência de apresentação da Meta

O órgão regulador de concorrência do Reino Unido determinou oficialmente que a aquisição da Giphy pela empresa-mãe do Facebook, Meta, deveria ser desfeita. A decisão anunciada nesta terça-feira, 30, acontece um ano e meio depois que a gigante da mídia social disse pela primeira vez que estava adquirindo o popular site de compartilhamento e criação de GIFs. Em um comunicado à imprensa, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) disse que tomou a decisão depois que sua investigação descobriu que uma aquisição poderia: reduzir a concorrência entre plataformas de mídia social; que o negócio já teria removido Giphy como um potencial desafiante no mercado publicitário; e que suas preocupações “só podem ser resolvidas pelo Facebook vendendo Giphy por completo a um comprador aprovado”, disse no comunicado à imprensa.

A CMA concluiu que o Facebook seria capaz de aumentar o seu já significativo poder de mercado em relação a outras plataformas de mídia social ao negar ou limitar o acesso de outras plataformas aos GIFs da Giphy, direcionando mais tráfego para sites de propriedade da Meta – Facebook, WhatsApp e Instagram – que já representam 73% do tempo do usuário gasto em mídia social no Reino Unido. Também levantou preocupações de que a Meta poderia usar a companhia compradora para exigir que outras plataformas forneçam mais dados para acessar os GIFs. E, por fim, o regulador do Reino Unido também acredita que os serviços de publicidade da Giphy poderiam ter competido com os da Meta, mas foram encerrados como resultado da fusão.

“O Facebook encerrou os serviços de publicidade da Giphy no momento da fusão, removendo uma importante fonte de concorrência potencial. O CMA considera isso particularmente preocupante, visto que o Facebook controla quase metade do mercado de publicidade gráfica de 7 bilhões de libras no Reino Unido”, escreveu no comunicado.

“Ao exigir que o Facebook venda o Giphy, estamos protegendo milhões de usuários de mídia social e promovendo a concorrência e a inovação na publicidade digital”, disse Stuart McInosh. presidente do grupo de pesquisa independente que analisou a fusão.

Embora Meta tenha se comprometido a trabalhar com a CMA em sua investigação, o regulador recentemente multou a empresa em 50 milhões de libras por não cumprir os termos de sua ordem de execução inicial. O regulador disse que a Meta estava “recusando-se conscientemente a relatar todas as informações exigidas” sobre o cumprimento da ordem.