A TIM vai ao mercado para avançar em seu portfólio B2B. De acordo com Alberto Griselli, CEO da TIM, para lançar serviços mais “sofisticados”, como big data, cibersegurança e nuvem, a operadora precisará acelerar o processo de forma inorgânica, ou seja, por meio de aquisições.

“A gente precisa das capabilities para fazer isso acontecer, não temos data centers, não temos infraestrutura fixa. Estamos avaliando de ir ao mercado para comprar ativos e competências”, explicou durante entrevista coletiva com a imprensa depois da apresentação dos resultados financeiros da companhia, nesta quinta-feira, 31.

TIM foca em IoT

No momento, o segmento B2B de Internet das Coisas é responsável por R$ 406 milhões na receita da empresa. Entre os setores, a operadora está presente em logística – a partir de parcerias com concessionárias para conectar rodovias pelo país –, smart light – com parceria público-privada para levar iluminação inteligente às cidades – e o agronegócio.

Atualmente, a operadora conta com 109 empresas em seu portfólio, assim como:

  • 23 milhões de hectares cobertos com rede LTE;
  • 1 mil quilômetros com LTE e 630 quilômetros com câmera de monitoramento em tempo real em estradas da Way Brasil;
  • 2 mil quilômetros de estradas cobertas com 4G da Ecorodovias.
  • Ao todo, a TIM passou dos 7 mil quilômetros de estradas cobertas com sua rede celular de quarta geração.

Até o fim do ano, a TIM pretende chegar a 10 mil quilômetros de rodovias conectadas e 26 milhões de hectares no agronegócio.

Mas o segmento B2B vai além da Internet das Coisas – o qual Griselli se refere como segmento “não tradicional”.

O que a TIM chama de tradicional do B2B estão frentes de negócios como:  ICT, venda de conectividade tradicional para empresas; negociação de tráfego de dados; e o infoTIM – serviço de comunicação via SMS, como autenticação, envio de alertas, informes, confirmações e notícias que empresas mandam para seus clientes finais.

Ao todo, segmentos tradicional e não tradicional do B2B da TIM somam 15% de sua receita.

Fábio Avellar, CRO da TIM, explicou que a empresa destaca a Internet das Coisas porque ela é e será “o grande impulsionador do nosso crescimento year over year”.

Crescimento inorgânico

Sem dar muitos detalhes sobre quais segmentos a operadora deverá investir, Griselli afirmou que está à procura: “Estamos avaliando oportunidade de fortalecer nosso ecossistema no inorgânico”, resumiu. Porém, não deu metas nem prazos de quando anunciarão essas compras.

Balanço financeiro

A TIM registrou uma receita líquida de serviços móveis de R$ 6 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 5,5% contra R$ 5,7 bilhões do mesmo período um ano antes. O principal motor foi a forte performance do pós-pago, além de uma estratégia voltada à monetização da base.

A receita total da TIM foi de R$ 6,6 bilhões, uma alta de 5% contra R$ 6,3 bilhões do segundo trimestre de 2024. Novamente, o resultado do móvel puxou o aumento do faturamento. O lucro operacional (EBIT) subiu 13%, de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão.

O lucro líquido da operadora subiu 25%, de R$ 781 milhões para R$ 976 milhões. A companhia ainda reportou um lucro líquido normalizado de R$ 976 milhões que englobam efeitos não recorrentes de imposto de renda, contribuição e custos.

Foto: Alberto Griselli, CEO da TIM, durante apresentação dos resultados financeiros do segundo trimestre da operadora. Crédito: reprodução de vídeo

 

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