Ilustração: Cecília Marins/Mobile Time

A TIM vai entrar no mercado de energia. A operadora busca um parceiro para desenvolver um marketplace para oferecer aos seus assinantes eletricidade produzida dentro do conceito de geração distribuída. Uma carta convite foi enviada a 25 potenciais candidatos. A ideia é montar um acordo estratégico pelo qual a TIM conquiste participação acionária no parceiro dependendo dos resultados obtidos no projeto – algo nos mesmos moldes da parceria firmada entre TIM e C6.

A geração distribuída consiste na produção de energia junto ou próximo ao consumidor final, independentemente da tecnologia utilizada (solar, eólica etc). Qualquer casa, condomínio, fazenda ou empresa que produza energia por conta própria pode se conectar à rede elétrica e obter desconto em sua conta de luz. Ou pode vender sua energia sobressalente. A ideia do marketplace é justamente viabilizar essa comercialização, conectando produtor e consumidor de energia – neste caso, um assinante da TIM. A única restrição é que produtos e consumidor precisam estar conectados à mesma distribuidora de energia. 

A legislação atual concede uma série de incentivos para a geração distribuída, inclusive o direito de não pagar nenhuma taxa de transmissão ou distribuição à concessionária de energia pelo uso da sua rede para a entrega dessa energia sobressalente por 30 anos. Esse benefício é válido somente para quem iniciar sua geração própria de energia até junho de 2023, o que está provocando uma corrida no mercado de energia. Essa data limite, aliás, está acelerando projetos como esse da TIM, cujo lançamento deve acontecer até meados de 2023, passando na frente de parcerias em outras verticais que antes pareciam mais adiantadas, como a de saúde.