Com pouco mais de um ano de presença no Brasil, a Applift, empresa de publicidade alemã que trabalha com uma rede de propaganda de aplicativos, apresentou ao mercado seu reposicionamento de marca e o lançamento da Mobile Journey Advertising, plataforma focada em custos por ação (CPA). De acordo com Marcus Imaizumi, líder da operação da empresa na América Latina, o CPA é uma demanda do mercado. Em sua visão, as companhias pedem por métricas mais robustas de mobilidade no lugar de custos por mil (CPM) ou custos por instalação de apps (CPI).

“As novas demandas que recebemos são por CPA. Cada vez menos os clientes querem começar com campanhas de CPI, pois querem resultados”, disse o executivo. “No entanto, nós aconselhamos o CPA para empresas em estágio mais avançado. Para quem está começando, o CPI ainda é vantajoso para ter uma sensibilidade em relação aos gastos em cada campanha”.

Nesta nova ferramenta, a ideia da empresa de publicidade digital é acompanhar toda a jornada do consumidor, ao unir as campanhas de aquisição às campanhas de retargeting (buscar novamente aquele consumidor) em um único lugar. Ou seja, a ideia da ferramenta é trazer o usuário com mais frequências aos apps relacionados.

Na concepção da empresa, a plataforma busca acabar com o ‘vale da morte’ dos apps, quando são rapidamente desinstalados ao perderem relevância para o consumidor. De acordo com estudos recentes da Applift em todo mundo, os usuários têm, em média, 36 apps instalados nos seus dispositivos móveis, sendo que apenas quatro são usados todos os dias, um em cada quatro nunca foi usado, e 23% das pessoas abandonam o app após a instalação.

Achados

Sobre o primeiro ano de operação, Imaizumi apresentou alguns pontos que descobriu no mercado mobile através de dados da Applift. O investimento em marketing no iOS, por exemplo, cresceu 15% no Brasil, ante 6% dos EUA. Para o executivo, isso demonstra que em mercados maduros e emergentes, ainda há possibilidade de crescer no mobile.

Outro fato importante mostra que as áreas que mais investiram em marketing mobile com a Applift foram apps de viagens, varejo, finanças, entretenimento, estilo de vida e games. Para Mobile Time, o líder da companhia explicou que travel, e-commerce e finanças colaboraram para 75% de suas receitas (25% cada). Ele acredita que, no futuro, a área de finanças pode ultrapassar viagens e varejo em investimento de propaganda móvel, uma vez que mais empresas tradicionais (bancos, corretoras, fundos de investimento etc) começam a migrar para o mobile e investem mais em seus apps.

Sobre games, o gestor explicou que é um setor em crescimento no marketing mobile. No entanto, frisou que os investimentos são de estúdios de fora – EUA, Europa e China – que buscam aumentar a sua base de usuários no Brasil, uma vez que há poucos desenvolvedores com respaldo financeiro para investir em marketing mobile.

Desenvolvimento do negócio

Sem revelar valores, Imaizumi, da Applift, afirmou que pretende dobrar a receita ante o final 2017. Por sua vez, a operação também aumentará, com a contratação de mais quatro colaboradores.