As tecnologias necessárias para implementar soluções de Internet das Coisas (IoT) existem há muito tempo, mas só agora esse mercado está deslanchando. A explicação está no barateamento dos componentes, o que se deve, em grande medida, à popularização dos smartphones, que compartilham muitos sensores com equipamentos de IoT. Esta é uma das conclusões de especialistas que participaram de painel sobre IoT no Fórum de Tecnologia e Inovação, nesta terça-feira, 12, no Rio de Janeiro.

"Antigamente o equipamento era caro, assim como a conectividade, a instalação e até a capacidade de processamento de dados para identificar padrões de comportamento, por exemplo. Nos últimos cinco anos, os preços dos sensores MEMs caíram 70%. A indústria de smartphones está ajudando a de IoT com sua escala. Estamos nos aproveitando disso", analisou Paulo Lerner, CEO da Inova.

Do lado das redes, novos protocolos que trabalham com o conceito de baixo consumo de energia e longo alcance de sinal (LPWA, na sigla em inglês) também estão conseguindo viabilizar aplicações graças ao seu baixo custo de acesso. "Essas redes são muito baratas. Em algumas delas o custo de conectividade equivale a um décimo daquele de rede celulares tradicionais usadas em serviços de comunicação entre máquinas (M2M)", comentou Flávio Maeda, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc).

Futuro

Apesar do barateamento dos preços, a IoT ainda está em seu estágio inicial de adoção, no qual objetos são monitorados, captando dados nas ruas e enviando para servidores na nuvem. Em uma fase futura, Maeda prevê a conversa entre sistemas de IoT. "Sistemas de irrigação conversarão com outros de logística. Sistemas de rastreamento de cabeças de gado falarão com outros de frigoríficos etc", projeta o executivo.