O conceito de receita recorrente é conhecido: aquele ganho via cobrança periódica contínua, geralmente aplicado sobre serviços ou soluções vendidas como serviço.

No mercado de Apps Analytics, este modelo de receita é o caminho mais indicado para melhorar as taxas de rentabilidade e dar solidez ao negócio, especialmente em tempos de instabilidade econômica, por duas razões:

1 – Serviços ou soluções fornecidos no modelo de assinatura, com pagamentos mensais, permitem ampliar os contratos da base, ou seja, os ganhos com clientes que a empresa já possui. E isso não apenas aumenta o lucro como também reduz custos, uma vez que um cliente novo custa de 6 a 7 vezes mais do que um cliente já de carteira, segundo estudo da Bain & Company.

2 – Cliente de receita recorrente gasta mais. A mesma Bain & Company mostra, em outra pesquisa, que clientes desta modalidade tendem a desembolsar até 214% a mais do que clientes novos.

E como gerar receita recorrente em BI e Analytics? Assim mesmo como já foi dito: por meio de assinatura. Aplicações analíticas vendidas como serviço, no formato SaaS, não obrigam o cliente a comprar uma licença e a pagar novamente a cada vez de atualizá-la ou renová-la. Aqui as renovações e upgrades são automáticos e o usuário paga um valor mensal para dispor da solução completa. Um modelo muito mais vantajoso para quem compra e para quem vende.

Os serviços agregados também são uma fonte valiosíssima de recorrência de ganhos. Significa que o comprador, após adquirir o software, contará com serviços do prestador que serão vitais para o bom uso da solução e para o alinhamento da utilização da tecnologia com seus propósitos de negócio. Assim, os serviços prestados atenderão a uma demanda contínua e, se o fornecedor souber diagnosticar ambientes e usuários com sabedoria e boas sugestões de maneiras para auxiliar na solução de gargalos e melhoria de processos, também crescente.

Um estudo do Grupo ASSA mostrou que, dentre 458 empresas brasileiras de médio e grande porte, 43,2% priorizarão BI e Analytics nos investimentos de TI dos próximos anos. É, portanto, um mercado aberto e em franca expansão, no qual vale a pena concentrar esforços na oferta de soluções, especialmente valendo-se de parceiros que forneçam ferramentas avançadas e integráveis, possibilitando o incremento de portfólio sem o alto custo de desenvolvimento de software, e de serviços, caprichando no emprego de profissionais especializados para implantação, migração, integração, customização e outros tantos “ãos” necessários à adoção e uso de Apps Analytics nas companhias dos mais variados portes e verticais.

O mundo está cheio de exemplos do que a receita recorrente pode fazer pelo lucro de uma empresa – estão aí Netflix e Spotify que não nos deixam mentir. Por que não adotar este conceito tão rentável no segmento de tecnologias analíticas e de inteligência de negócios? Eis uma pergunta sem resposta: não existe um porquê, é inadmissível, no contexto atual, estar neste mercado, não aderir a este modelo e querer manter-se competitivo.

Receita recorrente é vida para o negócio.