A fintech Trigg (Android, iOS) apresentou sua pulseira de pagamento nesta quarta-feira, 18. Trata-se do primeiro wearable do mercado brasileiro totalmente voltado para o cartão de crédito. O projeto contou com a parceria da Visa, a mesma que já havia apresentado o vestível como pré-pago durante os jogos olímpicos do Rio de Janeiro.

Ao todo, a empresa de pagamentos digitais está trazendo 10 mil pulseiras para o mercado nacional, sendo que 2 mil pessoas fizeram o pedido em pré-cadastro. Três meses antes do lançamento, a Trigg realizou testes com 200 pessoas (entre funcionários e jornalistas) para analisar as funcionalidades do dispositivo.

"A pulseira é o nosso segundo grande lançamento (o primeiro foi o app e o cartão de plástico). No início, entendemos que ela era muito usada por quem praticava esportes. Mas, durante os testes, começamos a ver outros usos. O pai, por exemplo, dava a pulseira para o filho; o executivo usava para não levar a carteira; e a mulher, para não abrir ou não levar sua bolsa”, explicou Marcela Miranda, sócia da fintech.

Lançada em maio deste ano, a companhia de cartões tem como objetivo chegar a 50 mil clientes ativos até o final de 2017. Além do lançamento de pulseira, a Trigg está com uma promoção junto com a Visa nas redes sociais que vai sortear R$ 1 mil reais em cashback e uma pulseira para dez pessoas que postarem fotos ou vídeos criativos com a hashtag #TBTRiggVisa no Facebook, Twitter ou Instagram.

Disponibilidade

O wearable custa R$49,90 e pode ser pedido por meio do app da Trigg. Dentro do aplicativo, o cliente seleciona o ícone Meu Cartão e entra na opção Band. O vestível é entregue na casa do usuário, em qualquer lugar do País. Se a pessoa não for usuária da Trigg será preciso baixar o app e se cadastrar para adquirir o cartão com anuidade de R$ 118,80 para, posteriormente, pedir o dispositivo.

“A Trigg nasceu com um DNA diferente. Quem escolhe o que quer usar na hora de pagar, ou seja, se é a pulseira, o cartão ou o app, é o cliente”, disse Eduardo Abreu, diretor executivo de desenvolvimento de negócios da Visa do Brasil. O executivo ressaltou que, por ter tecnologia NFC embarcada no chip de pagamento do wearable, o cliente da fintech não terá problemas para pagar, uma vez que 3 milhões de maquininhas de cartão já possuem a tecnologia contacless.

Uso na hora de pagar

Para utilizar a pulseira como forma de pagamento, o consumidor deve encostá-la em uma máquina de cartão com tecnologia NFC e depois digitar sua senha do cartão de crédito. Marcela Miranda revelou que sua empresa estuda junto com a Visa a implementação de pagamentos com a pulseira sem utilização de senha, mas não há prazo para que isso aconteça e nem previsão de valor a ser liberado para pagamentos sem a segurança da senha. “Em geral hoje o limite é de R$ 50 por compra sem senha, mas não tem nada confirmado ainda", afirma a executiva.