Dirigentes das teles conversaram com o ministro Henrique Meirelles nesta sexta, 20, sobre a carga tributária incidente sobre os dispositivos de Internet das Coisas. Eles entendem que as regras atuais são incompatíveis com os próximos desafios do setor. Como o IoT é um serviço novo, a redução de impostos não impactará nas receitas do governo, defendem.

Os executivos apresentaram um estudo, da Consultoria Tendências, que destaca que somente se houver redução dessas barreiras, os investimentos em Internet das Coisas até 2025 alcançariam o potencial de R$ 206 bilhões, gerando um crescimento de 2 pontos percentuais no PIB. Sob o ponto de vista de empregos gerados, o estudo prevê a criação de entre 830 mil e 1,16 milhão de empregos até 2025.

Com a atual legislação, um dispositivo de comunicação máquina a máquina pagará, no ano de sua instalação, um valor de R$ 5,68 de Taxa de Fiscalização de Instalação, de R$ 1,34 de Contribuição para fomento de Radiodifusão Pública e de R$ 4,13 de Condecine. Esses valores somam R$ 11,15. Um dispositivo de IoT instalado em medidores de água e energia, porém, tem uma receita mensal estimada de R$ 1,00. Logo, os tributos inviabilizam economicamente diversas aplicações da tecnologia.

Já na questão de impostos, os dirigentes solicitaram que não haja mais aumento da carga tributária no setor, que hoje supera em três vezes o segundo país que mais taxa os serviços de telecomunicações, que é a Rússia. No final do encontro, os executivos disseram que Henrique Meirelles ouviu, mas não se comprometeu com nada.