O Google montou um quartel general especial para a Black Friday no Brasil. Com aproxidamente 50 funcionários entre engenheiros, desenvolvedores e analistas de Google Adwords (ferramenta de publicidade por palavras do motor de busca), a War Room (sala de Guerra, em português) é um espaço montado para acompanhar os dados de busca e de compra, além de dar suporte aos e-commerces em tempo real.

No entanto, ao contrário do que é comum de se ver e experimentar nas Black Fridays brasileiras anteriores, ou seja, de sites fora do ar ou de acesso muito lento, o cenário era de calmaria na War Room. A explicação é simples: os varejistas fizeram a lição de casa neste ano.

“Nossos clientes estão mais bem preparados”, disse o engenheiro de soluções de anúncios do Google Brasil e responsável pela sala de guerra, Fernando Rubbo. “Tivemos apenas uma queda breve em um servidor de um dos varejistas, cujo motivo foi excesso de acessos. Mas foi rápida e não trouxe impacto para a operação. Quando isso acontece, nós pedimos a ele que reduza o preço da compra (bid) das palavras-chave no Adwords para diminuir a busca e não ter tanta procura do usuário. Quando o servidor volta, eles retornam com o bid normalmente”.

Sonho e realidade nas buscas

Rubbo revela ainda que os grandes varejistas estão “dominando” mais a data com promoções para os três dias de pico: quinta, sexta e segunda-feira (a chamada Cyber Monday). Explicou também que, por sua vez, os pequenos comércios focaram em “espalhar” as ofertas entre as semanas ou até mesmo ao longo do mês de novembro – vide Black Week ou Black November – para não bater de frente com os líderes do mercado.

Dos dados analisados pelo Google nos últimos sete dias que estavam na sala de guerra, foi possível ver que os produtos de telefonia são os mais buscados para compras na Black Friday, por 47% dos usuários. O smartphone mais desejado é o iPhone X, em pré-venda em alguns e-commerces. Em seguida, aparece o Moto GS.