O cofundador do Facebook e conselheiro sênior do Roosevelt Institute, Chris Hughes, defendeu a separação e a regulação mais firme dos negócios do Facebook. Em artigo publicado no NY Times nesta quinta-feira, 9, Hughes afirmou que a empresa precisa ser separada em múltiplas companhias, com as aquisições do Instagram e do WhatsApp sendo desfeitas e as companhias passando por crivo da Comissão Federal de Comércio (FTC) e do departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Na visão de Hughes, o Facebook deveria ter um prazo, breve, dado pelo do governo dos EUA, para um spin-off, de modo que WhatsApp e Instagram se tornassem independentes de sua controladora, inclusive com a venda de ações por parte do CEO Mark Zuckerberg e de outros acionistas da empresa-mãe. O executivo também defendeu a criação de um novo órgão regulador capaz de regular as empresas de tecnologia.

Hughes acredita que não haverá reveses à economia dos EUA e à empresa, uma vez que apenas o Facebook, sem Instagram ou WhatsApp, tem 2,3 bilhões de usuários ativos mensais, ante 1,9 bilhão do YouTube. Ele também acredita que a concorrência com os aplicativos chineses (vide TikTok e WeChat) pode encorajar mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento, principalmente vindos do governo.

Ressaltou também outros benefícios, como os ganhos financeiros dos acionistas do Facebook, como ocorreu em operações de regulação e desmembramento da Standard Oil e da AT&T no passado. Hughes crê ainda em um mercado mais plural e com mais investimentos com as empresas separadas, ao contrário da atual rota em caminho ao monopólio e à falta de opções em redes sociais.