O acesso à internet alcançou 93,6% dos domicílios particulares permanentes brasileiros, em 2024, o que equivale a 74,9 milhões de lares – um aumento de 1,1 ponto percentual em relação a 2023. O dado é do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da PNAD Contínua, divulgado nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço do indicador tem desacelerado à medida que o serviço se aproxima da universalização. O acesso tem um crescimento mais acelerado em lares nas áreas rurais, com uma redução da diferença entre área urbana e rural ao longo de oito anos. Em 2016, 35% dos lares das áreas rurais tinham acesso à internet contra 76,6% dos lares das áreas urbanas – uma diferença de pouco mais de 40 p.p – e, em 2024, essa distância caiu para 9 p.p. – 84,8% ante 94,7%.

Entre as 5,1 milhões de residências que não possuíam internet havia três razões principais:

  • nenhum morador sabia usar a internet (32,6%);
  • serviço de acesso à internet era caro (27,6%);
  • falta de necessidade em acessar internet (26,7%).

Internet móvel avança

Já na área rural, além dos três motivos mais alegados, destacou-se a falta de disponibilidade do serviço de acesso à internet na área do domicílio, que representou 12,1% (13,8% em 2023) dos lares em que não havia utilização da internet em área rural, em contraste com somente 0,9% em área urbana.

Nos domicílios em que havia o uso de internet, o serviço de banda larga móvel passou de 83,3% para 84,3%, entre 2023 e 2024. Já a banda larga fixa aumentou de 86,9% para 88,9% no período. No último ano, 0,3% utilizavam a conexão discada.

TV x serviços de streaming

O serviço de TV por assinatura segue em queda, principalmente nas áreas rurais. Em 2024, 18,3 milhões, 24,3%, dos domicílios com televisão tinham acesso a TV por assinatura, uma redução de 0,9% em relação a 2023. Essa proporção foi de 25,6% em áreas urbanas (queda de 0,6 % frente a 2023) e de 13,5% em áreas rurais (queda de 3,9 %).

Por outro lado, no último ano, 32,7 milhões de domicílios possuíam acesso a serviços pagos de streaming de vídeo, aumento de 1,5 milhão em comparação a 2023. O percentual de domicílios com televisão e acesso a esse serviço subiu de 42,1% para 43,4%. A concentração das plataformas de streaming está no Sul, 50,3%, seguido pelo Centro-Oeste (49,2%) e Sudeste (48,6%). Enquanto as regiões Norte (38,8%) e Nordeste (30,1%) apresentaram os percentuais mais baixos. No entanto, o Nordeste se destacou com a maior variação percentual nesse período, acréscimo de 1,9%, ou adição de 490 mil domicílios.

Dentre os domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo, 91,8% também possuíam acesso a canais de televisão: 86,9% por meio de sinal de televisão aberta e 39,7% por meio de serviço de TV por assinatura. Por outro lado, 8,2% dos que tinham acesso a streaming pago de vídeo não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura, percentual esse de 4,7% em 2022 e 6,1% em 2023.

 

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