|Mobile Time Latinoamérica| Três anos após o início da implementação do 5G no Chile, o país já conta com mais de 8,2 milhões de usuários conectados a essa rede móvel, de acordo com o Relatório Setorial de Telecomunicações do segundo trimestre de 2025, publicado pela Subsecretaria de Telecomunicações (Subtel). Isso representa 34% da base móvel chilena.
Houve um crescimento de mais de 3 milhões de usuários 5G nos últimos 12 meses. Em agosto de 2024, o número de acessos 5G girava em torno de 5 milhões, e em junho deste ano, a cifra era de 6,5 milhões, detalha o órgão.
Paralelamente, a fibra óptica continua consolidando sua posição como a principal tecnologia de banda larga fixa. Em junho de 2025, alcançou 74,7% das conexões fixas, o que equivale a um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior. Isso significa que praticamente 7 em cada 10 lares chilenos já contam com acesso à fibra óptica.
Migração tecnológica nos serviços móveis do Chile
O acesso total à internet móvel (3G, 4G e 5G) manteve-se estável com 22,68 milhões de usuários, um aumento marginal de 0,2% em relação ao ano anterior. No entanto, segundo a Subtel, essa aparente estabilidade encobre uma mudança profunda na adoção tecnológica: os acessos 4G diminuíram 18,8%, enquanto os de 5G cresceram 69,8%.
Por outro lado, o tráfego de dados móveis também se expandiu, alcançando 6.684,6 mil Terabytes, um aumento de 6,2% em comparação ao ano passado. Já a telefonia móvel tradicional continuou em queda, com recuo de 4,9%. A base móvel total chilena, incluindo 2G, é de 24,49 milhões de linhas ativas.
O subsecretário de Telecomunicações, Claudio Araya San Martín, destacou no comunicado que o objetivo da política pública não é apenas expandir a cobertura de infraestrutura, mas também garantir a qualidade dos serviços.
Ele ressaltou que o Chile já dispõe de tecnologias de última geração em quase todas as comunas do país, e que o próximo desafio será integrar essas capacidades aos processos produtivos para gerar valor agregado e impulsionar a economia.
Apesar dos avanços, foi registrado um declínio nos serviços tradicionais. A telefonia fixa caiu 15,1% no último ano, enquanto a TV por assinatura recuou 9,6%. Essas tendências refletem uma migração para plataformas digitais mais flexíveis e sob demanda, tanto para comunicação quanto para entretenimento.