O head de inovação, pesquisa e desenvolvimento da NTT Data, Cauê Dias, afirmou que as redes programáveis das operadoras já estão presentes no mercado. E o melhor exemplo estão com as APIs do Open Gateway disponibilizadas pelas empresas de telecomunicações.

Durante evento organizado pela consultoria no Cubo do Itaú nesta terça-feira, 16, o executivo deu como exemplo um caso de uso com TIM (Brasil e Itália) e Telefônica Global que criou agentes de inteligência artificial para oferecer aos clientes produtos em promoções de lojas por meio de uma API do ecossistema aberto.

Neste formato, os agentes das operadoras se conectam com agentes das lojas para fazer negociações em tempo real e oferecer aos consumidores promoções customizadas aos seus gostos. Entre as APIs do Open Gateway, o projeto usou Number Verification, SIM Swap, Geofencing, Carrier Billing e Population Density.

“O Open Gateway teve uma fase que chamávamos de ‘pergunta e resposta’, mais passivas. Mas as APIs são programáveis. Como mostramos no case com a API Geofencing que determinava a área da cidade determinada para o agente de serviço. O que ela (API) estava fazendo era programar a rede para que tenha um gatilho e ative quando o usuário estiver perto”, explicou.

Dias disse que a NTT ajuda a desenvolver APIs da Camara do Open Gateway como um laboratório. A criação da aplicação na prática é feita pela consultoria, mas as APIs e as aplicações rodam dentro do ambiente da operadora. O especialista afirmou que, globalmente, os projetos de sua empresa com Open Gateway já alcançam 70 milhões de pessoas.

“Essas APIs ajudam muito as operadoras a enxergarem quem está no contexto da aplicação e qual é a aplicação em uso. Ao mesmo tempo, nós ficamos orgulhosos em ver números como esses do Itaú e de outras empresas. É como criar um filho que depois vai para faculdade. E vemos essas companhias usando no futuro”, disse.

Redes privativas pela NTT Data

NTT Data

Case com agentes de IA de compra e API do Open Gateway (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

O executivo vê correlação entre o uso do Open Gateway e redes privativas. “O que é legal é que temos ajudado vários clientes com Open Gateway, 5G e redes privativas”, disse.

“Da mesma forma que o Open Gateway ajuda um banco ou seguradora a atuar melhor, com uma melhor oferta de seguro, nós também estamos ajudando o agronegócio a controlar melhor e com mais segurança uma máquina agrícola. Porque não dá para passar cabo no campo. Fazemos isso colocando 5G privativo e Open Gateway privativo. Veja, tudo isso que é replicável para o público também é replicável nas redes privativas”, completou.

Durante a conversa, o executivo disse que o desligamento da faixa de 700 MHz  usada pelo rádio AM permitirá fazer implementações de redes celulares de quinta geração de longo alcance.

Imagem principal: Claudia Akemi Umemura, head de talento e transformação organizacional da NTT Data; Cauê Dias, head de inovação, pesquisa e desenvolvimento da NTT Data (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!

E siga o canal do Mobile Time no WhatsApp!