A Meta anunciou nesta quarta-feira, 29, uma queda de 83% em seu lucro líquido no terceiro trimestre de 2025 para US$ 2,7 bilhões, ante US$ 15,5 bilhões de um ano atrás. De acordo com a companhia, o resultado acontece devido uma despesa extraordinária de US$ 16 bilhões com o pagamento do imposto de renda nos Estados Unidos.

Esse custo não-monetário foi devido a uma desvalorização dos ativos fiscais da empresa nos EUA, devido à implementação da One Big Beautiful Bill (Uma Grande e Bonita Lei, na tradução livre do inglês para o português) do presidente Donald Trump com redução de impostos de renda e corte em programas sociais, mas com desvalorização contábil, ajustes de regimes tributários e em lucros reportados após sua implementação em julho deste ano.

Sem o impacto da lei, a Meta teria registrado um lucro líquido de até US$ 19 bilhões no período. A expectativa do conglomerado é que esse impacto não aconteça de novo e que espera uma redução significativa para os próximos anos em pagamentos de impostos norte-americanos.

Saúde financeira da Meta

Apesar do revés com o fisco, o CEO Mark Zuckerberg afirmou que o terceiro trimestre foi forte com um bom começo da sua estrutura do Meta Superintelligence Labs (MSL) e liderança nas vendas de óculos com inteligência artificial.

Dito isso, a receita da companhia foi de US$ 51 bilhões, 26% de alta contra US$ 40,5 bilhões do terceiro trimestre de 2024. Por sua vez, os custos e despesas da empresa subiram 32%, de US$ 23 bilhões para US$ 30 bilhões. E o lucro operacional cresceu 18%, de US$ 17 bilhões para US$ 20 bilhões.

A receita da família de apps que compõem resultados de publicidade e outras fontes de Facebook, WhatsApp, Instagram, Messenger e Threads correspondeu a US$ 50 bilhões, um aumento de 25% contra US$ 40 bilhões do mesmo período em 2024. Por sua vez, a sua receita operacional subiu 14%, de US$ 21 bilhões para US$ 24 bilhões.

A receita da divisão Reality Labs, que envolve óculos de realidade virtual da Oculus e de realidade aumentada com IA como Ray-Ban Meta, subiu 75%, para US$ 470 milhões, ante US$ 270 milhões de um ano antes. Em um movimento que a CFO Susan Li atribui à remessa de peças para varejistas que farão vendas no final de 2025. Mas a divisão manteve prejuízo operacional igual ao ano anterior de US$ 4,4 bilhões.

Operacional

Ao término do terceiro trimestre de 2025, a família de apps da Meta registrou 3,54 bilhões de usuários ativos por dia, um aumento de 8% contra 3,3 bilhões de um ano antes. A receita média por pessoas (ARPP) foi de US$ 14,46, incremento de 17,5% contra US$ 12,29 do mesmo período em 2024.

Zuckerberg reforçou que a assistente Meta AI está atualmente em uso por mais de 1 bilhão de pessoas por mês.

Imagem de arquivo: Mark Zuckerberg, CEO e cofundador da Meta, durante a LlamaCon (reprodução: Meta/LlamaCon)

 

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