O COO da Telefónica, Emilio Gayo, explicou que o plano de economia de 3 bilhões de euros do conglomerado até 2030 tem diferentes formas de ser alavancando na operação brasileira. Durante a apresentação do plano nesta terça-feira, 4, o executivo citou quatro desses diferenciais que a Vivo vem trazendo nos últimos anos:

  1. Modernização da rede;
  2. Desligamento da rede fixa baseada em cabos de cobre;
  3. Uso de agentes com inteligência artificial na operação;
  4. Digitalização de processos internos.

Ao destrinchar esses quatro pontos, Gayo explicou que o desligamento da rede de cobre no Brasil “significa uma economia pontual” para a operadora. Em complemento, afirmou que veem uma redução nos custos de rede e operação com o uso da arquitetura virtualizada: “Isso permite uma economia com uma menor utilização de equipamentos, seja pela virtualização ou por uma melhor estratégia de gerenciamento”, completou.

Outra linha que colabora para a redução de custos é a digitalização. O COO explicou que o fato de a Vivo estar usando agentes com inteligência artificial para atender os clientes “tem gerado economia nesse campo”. Assim como a transformação digital também está inserida em outras frentes da operadora brasileira, como ao simplificar processos operacionais e utilizando tecnologias para processos internos que visam “flexibilizar os custos dos processos para a base de funcionários”.

Durante coletiva com jornalistas em Madri, Espanha, o COO não especificou se haverá rodadas de demissões. Mas reforçou que qualquer eventual redução de custos com pessoal será feita com base nas regras de representantes de trabalhadores e sindicatos locais.

Brasil no foco

Telefónica

Marc Murtra, Chairman e CEO da Telefónica (reprodução: Teams/Telefónica)

Como um dos quatro principais mercados estratégicos para a Telefónica no mundo, ao lado de Reino Unido, Espanha e Alemanha, o Brasil foi apresentado pelo CEO e chairman, Marc Murtra, como líder em telecomunicações em seu país, algo que pretendem manter para os próximos cinco anos.

“O Brasil é o maior mercado da América Latina, com o maior PIB da região, apresentando altos níveis de crescimento e contando com três operadoras de telefonia móvel. E podemos ver que o mercado está se racionalizando. Ainda não atingiu seu maior patamar no setor de telecomunicações. Mas precisamos lembrar que este é o terceiro maior PIB do mundo em termos nominais”, ressaltou o CEO.

Para se manter na liderança, a operadora traçou um plano com seis pilares:

  • Levar a melhor experiência ao cliente;
  • Ampliar a oferta de serviços B2C, como mais ofertas de móvel e conteúdos, assim como expandir negócios lucrativos, como nas áreas de finanças e saúde;
  • Escalar o negócio B2B;
  • Desenvolver as capacidades tecnológicas;
  • Simplificar a operação;
  • Desenvolver talentos.

Telefónica e sua saída da América Hispânica

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Murtra apresentado os seis pilares para 2030 no Gumersindo Rico Auditorium, no Distrito Telefónica em Madri, Espanha (reprodução: Teams/Telefónica)

Como parte desta estratégia, a Telefónica segue com planos de sair da América Latina Hispânica. Segundo Murtra, o processo está avançado de saída da Colômbia e se prepara para deixar Chile, México e Venezuela. Esta saída permite à operadora focar na operação brasileira, assim como reduzir custos e simplificar suas atuações na região.

Questionado sobre o cronograma de saída, o CEO afirmou que não tem prazo, pois pode afetar as negociações em curso.

Imagem principal: Emilio Gayo, COO da Telefónica (reprodução: Teams/Telefónica)

 

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