Uma pesquisa da Fiserv apontou que 54% das empresas não incrementam seus mecanismos de segurança durante a Black Friday, mesmo que 30% delas temam ser vítimas durante datas de grande fluxo de vendas. Entre as 32% que adotam alguma medida preventiva, 30% focam em backup de dados, seguido por controle de acesso (27%) e criptografia de dados sensíveis (25%).
Para levantar essas informações, a empresa de pagamentos entrevistou 322 pessoas, como sócios, C-levels, diretores, gerentes, proprietários e coordenadores do setor de varejo e serviço, entre setembro e outubro.
De acordo com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a expectativa é que a movimentação da data promocional passe dos R$ 13 bilhões só no comércio online, uma alta de 16,5% em relação à Black Friday de 2024.
Perfil do B2B
A pesquisa da Fiserv observou que a maioria das empresas deseja combinar o comércio online com o físico, algo que revela uma tendência omnichannel, enquanto 28% foca apenas em lojas físicas e 16% na modalidade virtual. Em relação às expectativas, a maioria (50%) acredita que o período deve manter o crescimento registrado nos anos anteriores, contra 37% que projetam altas superiores para o período e 13% que acreditam que o crescimento potencial será menor do que nos anos anteriores. O valor de vendas é estimado em menos de R$ 50 mil por parte de 34% dos líderes.
Embora o receio com as fraudes seja um ponto de destaque do levantamento, quando questionados sobre suas principais preocupações na data promocional, 34% dos varejistas afirmam que a concorrência é o principal desafio. Os golpes são ponto de atenção para 30% dos respondentes e as questões logísticas para 25%. Já quando o assunto é pagamento, a principal questão é o gerenciamento de fraudes e chargebacks, além do tempo de processamento e confirmação, com 28% cada.
Ainda neste cenário, a ampliação de soluções de pagamento divide o varejo. A maior parte das empresas (37%) não têm planos para isso. Já 25% afirmam estar implementando novas ferramentas e 15% desejam integrar sistemas online e offline.
Em relação aos objetivos, boa parte quer expandir o volume de vendas (41%), 37% desejam fidelizar ou aumentar a retenção de clientes, 13% querem ampliar o tíquete médio e 9% têm algum outro almejo.
Black Friday para os consumidores
O levantamento também verificou o comportamento dos consumidores durante a data promocional, entrevistando 2018 pessoas. A maior parte (78%) afirmou que está decidida a comprar na Black Friday, em busca de eletrodomésticos ou eletroportáteis (46%), eletrônicos e outros equipamentos de informática (43%) e moda e acessórios (35%).
Para pesquisar e encontrar o produto dos sonhos, o e-commerce é usado por 56% dos entrevistados, enquanto aplicativos de lojas são uma opção para 49% e as lojas físicas são um dos caminhos para 32% dos respondentes. O motivo para essa maior concentração online pode estar atrelado aos descontos, já que 96% dos participantes do estudo acreditam que é ali onde vão encontrar melhores preços.
Na hora de pagar, a maior parte (87%) opta por usar cartão de crédito, motivada pelas vantagens do parcelamento, além da confiança, praticidade e benefícios adicionais, a exemplo dos descontos. O Pix vem na sequência, utilizado por 75% dos entrevistados. As preferências da clientela final contrariam as das empresas, que massivamente preferem o Pix (89%) e, na sequência, o cartão de crédito (42%).
Em meio a isso, ainda há consumidores que relatam ter desistido de alguma compra porque a loja não aceitava o método de pagamento preferido, com o cartão de crédito liderando (55%) e o Pix (26%) na sequência.

