Aproximadamente nove cruzamentos da cidade do Rio de Janeiro fazem parte do Greenlight, um projeto do Google que usa inteligência artificial para enviar sugestões de abertura e fechamento de semáforos aos engenheiros de tráfego. Segundo Ivan Patriota, head of geo partnerships LatAm do Google, o foco do projeto não é diminuir o tempo de trânsito, mas a redução de gases de efeito estufa.
Durante o Movecomm, evento organizado por Mobile Time e Teletime no Senai-SP nesta quinta-feira, 27, o executivo explicou que 70% dos gases que causam dano ao meio ambiente são emitidos nas cidades, em especial com o ritmo de “acelera e para” nos congestionamentos.
O Rio de Janeiro é a segunda cidade do mundo a adotar esta solução, que foi pela equipe do Google em Israel.
Google e governo
A ação com a prefeitura carioca é uma das diversas iniciativas de trânsito que o Google tem com órgãos brasileiros. De acordo com Patriota, a companhia trabalha fornecendo soluções gratuitas para 400 cidades no Brasil. É o caso de São Caetano do Sul, que adotou o Waze para Cidades, um sistema que oferece dados de trânsito em tempo real para gestores de tráfego. A cidade do ABC Paulista incorpora os dados em seu centro de operação para identificar vias com grande concentração de carros e congestionamento em tempo real para agir de forma reativa (como tapar buracos que causam problemas na via) e proativa (avisar aos motoristas sobre obras na via).
O Google vem estreitando a relação com governos desde a sua participação na Marcha Para Prefeitos em 2023, relatou o executivo.
Efeito estufa
Outro benefício a partir desta relação com as administrações municipais foi um contrato firmado com a Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) que leva dados de emissão de carbono emitidos pelo Google para 110 cidades brasileiras.
“Esse é o maior projeto global (do gênero no Google) com uma só parceria. Isso é política pública. Ou seja, a partir do momento que uma cidade entende quanto é emitido de CO2 na sua cidade, a única contrapartida que pedimos é que elas gerem um plano de ação para diminuir a emissão de gases de efeito de estufa”, disse o executivo.
Imagem principal, da esquerda para direita: Maria Marcolan, 99; Ivan Patriota, Google; Gustavo Balieiro, Bus2; Fransergio Vieira, Qualcomm (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)
