Você já parou para pensar no ganho que poderia ter se sua equipe pudesse desenvolver rapidamente seus próprios aplicativos e recursos necessários em um único ambiente de TI? Estimulando inovação e garantindo governança e cibersegurança ao mesmo tempo?

Cada vez que falamos sobre os conceitos de Indústria 4.0 e Sociedade 5.0, vemos a aproximação de um futuro, antes considerado distante, capaz de trazer benefícios para pessoas e empresas em diversos segmentos, que necessitam de recursos tecnológicos eficientes e de custo reduzido para obter ganho de agilidade nos negócios e de produtividade em suas equipes.

Então, fica a pergunta, qual a relação entre esse futuro e o low-code? Explico. A pandemia acelerou a agenda das mais diversas indústrias na corrida pela transformação digital e, com isso, houve um aumento na demanda por sistemas capazes de entregar de forma democrática soluções tecnológicas, extraindo valor agregado da complexidade adquirida no momento pós pandêmico, e, ao mesmo tempo, resolver a desconexão entre a área de TI e o negócio.

O low-code e no-code vêm para construir esta ponte, agindo como um catalisador de ideias, olhando para as necessidades de cada unidade de negócio e possibilitando o desenvolvimento eficiente de soluções integradas à infraestrutura presente. Em poucas palavras: digitalizando a criatividade de cada pessoa na corporação.

Um estudo apresentado pela consultoria IDC (Internacional Data Corporation) aponta que 750 milhões de aplicativos serão desenvolvidos na nuvem globalmente até 2025, enquanto outro levantamento apresentado pelo Gartner aponta que até este ano, mais de 50% das empresas médias e grandes adotarão uma plataforma low-code como solução estratégica.

Estamos vivendo um momento pivotal de transformação digital dos mercados e a busca por soluções que resultem na melhoria da gestão de pessoas e negócios, retenção de clientes e redução de custos não poderia ficar para trás.

Para se ter uma ideia, as aplicações criadas a partir do low-code podem impactar diretamente na economia de horas gastas no desenvolvimento de processos, em ganhos de produtividade dos desenvolvedores, sem contar o aumento da fidelização de clientes. Nesse último caso, podemos pegar como exemplo o Conselho de Knowsley, no Reino Unido, que utilizou o low-code para entender melhor as necessidades de seus usuários e migrar de transações de atendimento ao cliente por telefone e pessoalmente, que eram custosas, para serviços online mais econômicos. Eles aumentaram as transações online de 2% para 50% em apenas três anos e melhoraram a qualidade de vida de muitos membros de sua comunidade.

Quando você passa a criar recursos mais rapidamente, consegue oferecer suas soluções de forma mais ágil ao mercado e, consequentemente, consegue estar mais próximo  ao seu cliente. Com isso, é possível melhorar drasticamente a experiência, utilizando dados para oferecer algo cada vez mais personalizado e relevante. O low-code nos permite ter uma abordagem ágil e flexível às mudanças do mercado. Mas, se engana quem pensa que os benefícios estão apenas voltados para o negócio.

O low-code, assim como outros movimentos que temos visto na evolução da indústria 4.0, impacta diretamente no mercado de trabalho ao permitir a geração de novos empregos que não exijam conhecimento em codificação. E porque isso é importante? Ainda vemos uma crescente demanda por desenvolvedores de software qualificados, no entanto, a oferta desses profissionais não tem acompanhado o ritmo do mercado.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação (Brasscom), até 2024, serão necessários 70 mil profissionais ao ano para ocupar todas as vagas geradas. No entanto, o Brasil capacita apenas 46 mil pessoas aptas para trabalhar na área de TI. E é aí que entra o low-code.

O sistema permite que pessoas com habilidades técnicas básicas consigam atuar diretamente na resolução de problemas por meio de desenvolvimento de aplicativos sem a necessidade de conhecimento especializado em programação, permitindo que as empresas ocupem os postos de trabalho abertos, investindo apenas em treinamentos e cursos de capacitação.

Esta tecnologia permite que as empresas se concentrem no que realmente importa para o desenvolvimento de seus negócios, habilitando uma evolução orgânica dos colaboradores, antigamente limitados a seus papéis e cargos, agora empoderados em funções criativas para resolução e melhoria de processos e desenvolvimento de novas ideias. Esta é a verdadeira democratização e acesso à tecnologia.

Ao aproveitar todas essas possibilidades, as empresas estão abrindo um novo caminho e dando passos em direção a um futuro com menos custos envolvidos na contratação de softwares tradicionais, mais agilidade no lançamento de soluções para o mercado e, consequentemente, mais clientes interessados em um atendimento de qualidade que entenda suas necessidades.