Neste mesmo período, há pouco mais de um ano, o cenário ainda era instável, algumas empresas já haviam se adaptado às novas dificuldades, enquanto as demais, sobreviventes do impacto gerado pela pandemia de Covid-19, resistiam na medida do possível. Mas agora, após progressões e regressões na flexibilidade da quarentena, se tornou evidente que só obtiveram êxito aquelas organizações que compreenderam a tecnologia como aliada.

Para as empresas que aprenderam em 2020 que a digitalização não se tratava de um processo momentâneo e superficial, mas sim de uma abertura à transformação digital, com implementações tecnológicas cada vez mais contínuas e vantajosas, o alerta sobre a retomada da economia pode ser visto como um momento para uma nova rodada de investimentos.

Entretanto, a onda gerada pela alta demanda na busca pela introdução de novas tecnologias expôs a escassez de profissionais de TI aptos para implantar e sustentar a digitalização nas empresas. Esse cenário, inclusive, já se apresentava preocupante antes mesmo do início da pandemia e, agora, se mostra mais latente devido ao perfil imediatista e digital de consumidores que se formou durante a quarentena. Logo, torna-se ainda mais necessário refletir neste quesito tecnológico que deverá possibilitar e assegurar a competitividade de cada companhia no mercado.

No estudo realizado pela Softex, organização social voltada ao fomento da área de TI que integra o Projeto TechDev Paraná, foi constatado que a alta insuficiência de profissionais no setor deve fazer com que o País sofra com a carência de mais de 408 mil postos de trabalho até 2022, o que também coloca em risco a possibilidade de o Brasil se tornar referência da área na América Latina, que, mesmo com esse déficit, ainda segue como líder, correspondendo com 40% do total, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES).

Frente à necessidade rápida de agir para aproveitar a retomada da economia, é preciso ter alternativas para superar as adversidades impostas pela falta de mão de obra de TI em meio ao ininterrupto cenário de transformação digital que se formou e tende a tornar as empresas ainda mais competitivas no pós-quarentena.

Tecnologias com pouco código, neste cenário, se apresentam como ferramentas preparadas e inovadoras que não só proporcionarão mais competitividade às empresas na oferta de produtos e serviços, como também tornarão mais ágeis os projetos para o desenvolvedor, uma vez que a inteligência artificial embutida no low-code suporta uma infinidade de linguagens e códigos, e se mantém atualizado para as novas demandas.

Fica claro, portanto, que em momentos que exigem atenção e preparo para não perder tempo e dinheiro, o investimento em low-code é mais que qualificado porque suporta a escassez de mão de obra, sem contar no custo-benefício diante dos ganhos em agilidade, produtividade e baixa complexidade.