Na era digital em que vivemos, a tecnologia se tornou um elemento fundamental em nossas vidas. O progresso da indústria móvel tem exercido uma influência significativa na forma como nos comunicamos, trabalhamos e nos relacionamos. No entanto, à medida que usufruímos das inúmeras vantagens proporcionadas pela transformação digital, como a disponibilidade de smartphones e tablets, também enfrentamos riscos cada vez maiores relacionados à cibersegurança.

À medida que a tecnologia evolui e se torna mais presente em nossas vidas, é imprescindível assegurar um acesso igualitário e seguro a todos os seus benefícios. De acordo com pesquisa da agência de SEO Hedgehog Digital, observou-se um aumento de 73% – em relação a 2021 – no número de brasileiros com mais de 50 anos que utilizam o celular como instrumento de pesquisa.

Dessa forma, a relação entre Pessoas com Deficiência (PcD) e a terceira idade com a cibersegurança é um tema de grande relevância em nosso cotidiano. Isso ocorre porque os desafios apresentados pela ascensão da tecnologia e das soluções digitais têm um impacto ainda maior para esse público, que pode ser mais vulnerável a ameaças virtuais, por exemplo.

Nesse sentido, as diretrizes de acessibilidade desempenham um papel fundamental no processo de inclusão digital. Esses conjuntos de recomendações e boas práticas têm como objetivo orientar as empresas no desenvolvimento de produtos e serviços digitais que sejam acessíveis a todos. Um exemplo notável é o conjunto de diretrizes do WCAG (Web Content Accessibility Guidelines), que oferece orientações específicas para tornar o conteúdo da web acessível a pessoas com diferentes deficiências – como visuais, auditivas, motoras e cognitivas.

Ao implementar essas diretrizes, as equipes de desenvolvimento de websites e plataformas digitais têm a oportunidade de criar recursos e funcionalidades que atendam às necessidades específicas do público PcD e da terceira idade. Isso inclui considerar aspectos como legibilidade de fontes, contraste de cores, legendas em vídeos, descrições de imagens para leitores de tela, opções de navegação por teclado, entre muitos outros.

Essas medidas contribuem para tornar a experiência digital mais inclusiva, permitindo que pessoas com diferentes habilidades e deficiências participem plenamente do ecossistema móvel. Entretanto, isso por si só não é suficiente. É crucial realizar testes de usabilidade com as pessoas com deficiência durante o processo de desenvolvimento.

Ao envolver ativamente o público PcD nas fases de teste e avaliação, as empresas têm a oportunidade de identificar e compreender as barreiras de acessibilidade específicas que podem surgir. Além disso, ao receber o feedback direto dos usuários, é possível realizar ajustes e melhorias para proporcionar uma experiência mais inclusiva e satisfatória.

A participação dessas pessoas nos testes também promove a valorização de suas vozes e perspectivas no processo de desenvolvimento. Ao permitir que elas desempenhem um papel ativo na definição de como os produtos digitais devem ser acessíveis, as empresas demonstram um verdadeiro compromisso com a inclusão e a diversidade. Essa abordagem não apenas contribui para a melhoria dos produtos, mas também para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Além disso, é essencial capacitar as equipes de desenvolvimento para que possam criar produtos acessíveis desde o início. Os desenvolvedores, designers e profissionais envolvidos no processo de criação de produtos móveis devem ter um conhecimento sólido sobre as necessidades dessas pessoas e as tecnologias de assistência disponíveis. Isso pode incluir treinamentos sobre diretrizes de acessibilidade, técnicas de design inclusivo e o uso de ferramentas de desenvolvimento acessíveis.

Ao capacitar as equipes, as empresas fortalecem a sua capacidade de criar produtos que atendam às demandas de um público diversificado. Isso não apenas aprimora a experiência do usuário como também pode trazer benefícios comerciais, uma vez que uma maior inclusão pode ampliar o alcance de mercado e atrair uma maior variedade de usuários.