Em junho de 2010, um aparelho compacto, leve e com um corpo quadrado era lançado pela Motorola: o smartphone Motorola FlipOut. O celular era uma aposta da companhia no segmento de ultra conectados, isto é, a Motorola tinha como foco principal conectar-se às redes sociais.

Na época, o que mais impressionava era o seu design considerado único, sendo dois quadrados se sobrepondo, na frente com a tela touchscreen e o teclado físico, o QWERTY, na parte de trás, que aparecia ao girá-lo e que poderia ficar escondido quando o usuário quisesse. Algumas pessoas que analisaram o produto no momento do lançamento, diziam ser conflitante chamá-lo de smartphone – já que sua tela era pequena, de 2,8 polegadas –, embora houvesse também uma plataforma criada para essa classe de aparelhos. O FlipOut tinha 67 milímetros de altura, 67 milímetros de largura e 17 milímetros de espessura.

Com peso de somente 120 gramas, o produto rodava uma das versões mais recentes do Android, a versão 2.1. Acompanhava também o Motoblur, que integrava diversas redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut, por exemplo, e permitia que o usuário acessasse o Gmail, Google Maps e fizesse downloads de aplicativos no Android Market, por rodar a plataforma do Google.

Além disso, o acesso às redes era pela tecnologia 2G e 3G. A resolução era bastante baixa, de 320 x 240 pixels, o que dificultava os usuários a lerem os textos de qualquer site, por exemplo. Em termos de armazenamento, a memória interna era de 150 MB e havia entrada para cartão microSD de até 32 GB (o aparelho vinha com um cartão de 2GB), além de 512 MB de RAM e 512 MB de ROM. Possuía bateria de 1150 mAh; chipset Texas Instruments OMAP 3410; câmera com resolução de 3,1 megapixels. Tinha suporte para flash e contava com geotagging, que podia marcar exatamente a posição na qual a pessoa tirava a foto.

Apesar de inovador, o teclado não era prático por causa das dimensões do celular. O microfone ficava na parte debaixo do teclado, então era necessário abri-lo para atender as ligações. Havia também o teclado virtual na tela sensível ao toque, porém, pelo tamanho, era igualmente difícil.

As configurações incluíam ainda GPS, Wi-Fi, Bluetooth, rádio FM, bússola eletrônica e saída 3,5 mm para fone de ouvido. O sistema operacional do Motorola FlipOut trazia recursos com telas personalizadas para a inclusão de novos widgets e papéis de parede com animação.

Com preço sugerido de R$ 999 para a versão desbloqueada e sete opções diferentes de cores, o smartphone chegou às lojas na primeira quinzena de julho no Brasil. Por causa do sistema Android com a interface Motoblur, que revelava ser um aparelho compacto e leve com conectividade, atraiu facilmente os iniciantes de smartphones, tornando-se popular rapidamente.